São Paulo, segunda-feira, 16 de julho de 2007

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Pesquisadores montam robô que consegue aprender andar sozinho

Experimento poderá ajudar no desenvolvimento de novas próteses

Computational Biology
Robô desenvolvido por europeus pode "enxergar" onde pisa


DA REPORTAGEM LOCAL

Dotado de um eficiente sistema infravermelho, o robô desenvolvido por uma equipe de pesquisadores europeus, da Universidade de Goettingen, pode enxergar onde ele pisa.
O novo olho colocado no RunBot, o nome do equipamento, permite que ele perceba alguma inclinação no terreno e, portanto, possa ajustar sua passada a nova realidade. Com isso, dizem os pesquisadores, ele consegue subir uma rampa.
O ajuste ao novo movimento, entretanto, não ocorreu de imediato. Segundo Florentin Woergoetter, o responsável pelo robô, é como ensinar uma criança a andar.
O equipamento conseguiu a aprender a andar sozinho após algumas quedas. "Ele cai quatro ou cinco vezes antes de aprender o novo passo", diz.
Woergoetter, que publicou seus últimos resultados com o RunBot na revista "Computational Biology", diz que o segredo é o "cérebro" do robô, nesse caso representado pelo olho infravermelho conectado ao circuito elétrico do equipamento, que tem 30 cm de altura.
Estudar os movimentos do robô, de acordo com o cientista, e como as diferentes partes do corpo dele funciona quando ele está andando, pode ter aplicações muitos práticas.
Uma das principais é o desenho de próteses para pessoas que tiveram seus membros amputados ou para ajudar terapeutas que trabalham com pacientes tetraplégicos, que tiveram sérias lesões na medula espinal, por exemplo.
"Esse robô é essencialmente um modelo muito bom da forma de andar bípede dos seres humanos. Ele poderá ser usado para nós entendermos os mistérios da caminhada e para o desenvolvimento de métodos de tratamento para alguns problemas humanos", explica Woergoetter, autor do estudo.
Basicamente, as etapas da caminhada do RunBot são controladas por informações que são enviadas aos circuitos elétricos, a partir de sensores colocados nos pés e nos joelhos da máquina.
Essas informações passam os dados para os chamados circuitos locais. São eles que analisam os dados que estão chegando e fazem os ajustes no movimento do robô em tempo real.


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