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Pesquisadores montam robô que
consegue aprender andar sozinho
Experimento poderá ajudar no desenvolvimento de novas próteses
Computational Biology
| Robô desenvolvido por europeus pode "enxergar" onde pisa |
DA REPORTAGEM LOCAL
Dotado de um eficiente sistema infravermelho, o robô desenvolvido por uma equipe de
pesquisadores europeus, da
Universidade de Goettingen,
pode enxergar onde ele pisa.
O novo olho colocado no
RunBot, o nome do equipamento, permite que ele perceba
alguma inclinação no terreno e,
portanto, possa ajustar sua passada a nova realidade. Com isso, dizem os pesquisadores, ele
consegue subir uma rampa.
O ajuste ao novo movimento,
entretanto, não ocorreu de
imediato. Segundo Florentin
Woergoetter, o responsável pelo robô, é como ensinar uma
criança a andar.
O equipamento conseguiu a
aprender a andar sozinho após
algumas quedas. "Ele cai quatro ou cinco vezes antes de
aprender o novo passo", diz.
Woergoetter, que publicou
seus últimos resultados com o
RunBot na revista "Computational Biology", diz que o segredo é o "cérebro" do robô, nesse
caso representado pelo olho infravermelho conectado ao circuito elétrico do equipamento,
que tem 30 cm de altura.
Estudar os movimentos do
robô, de acordo com o cientista,
e como as diferentes partes do
corpo dele funciona quando ele
está andando, pode ter aplicações muitos práticas.
Uma das principais é o desenho de próteses para pessoas
que tiveram seus membros amputados ou para ajudar terapeutas que trabalham com pacientes tetraplégicos, que tiveram sérias lesões na medula espinal, por exemplo.
"Esse robô é essencialmente
um modelo muito bom da forma de andar bípede dos seres
humanos. Ele poderá ser usado
para nós entendermos os mistérios da caminhada e para o
desenvolvimento de métodos
de tratamento para alguns problemas humanos", explica
Woergoetter, autor do estudo.
Basicamente, as etapas da caminhada do RunBot são controladas por informações que
são enviadas aos circuitos elétricos, a partir de sensores colocados nos pés e nos joelhos da
máquina.
Essas informações passam os
dados para os chamados circuitos locais. São eles que analisam os dados que estão chegando e fazem os ajustes no movimento do robô em tempo real.
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