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Grupo lança projeto para salvar animal "estranho"
Lista prioriza espécies evolutivamente isoladas
Sociedade Zoológica de Londres
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Um filhote de lóris-delgado
DA ASSOCIATED PRESS
Não é sempre que animais
como o wombat e o lóris-delgado aparecem na mídia, mas essas criaturas estranhas são agora o foco de um programa para
proteger alguns dos mamíferos
mais raros.
O projeto, lançado ontem pela Sociedade Zoológica de Londres, destaca cem espécies selecionadas em razão de sua peculiaridade e grau de perigo que
enfrentam. A falta de outros
animais evolutivamente próximos aos que foram escolhidos
torna a preservação urgente.
"Há coisas que são insubstituíveis", diz Jonathan Baillie,
um dos biólogos que coordenam o programa. Vários dos bichos escolhidos são os representantes únicos de grupos amplos que quase desapareceram.
O hipopótamo-pigmeu da
África Ocidental, por exemplo,
é a única espécie de seu gênero.
Já o boto chinês baiji -que pode até já estar extinto- representa uma família inteira. Esses
"fósseis vivos" carregam informação sobre como o mundo
animal era milhões de anos
atrás. O colocolo, dos Andes,
por exemplo, é único marsupial
de uma linhagem com mais de
40 milhões de anos.
No programa da Sociedade
Zoológica, doadores são convidados a "patrocinar" uma dada
espécie e acompanhar o seu
progresso por meio do site
www.edgeofexistence.org,
criado para a iniciativa. O projeto precisa arrecadar cerca de
US$ 1 milhão para prosseguir,
afirmam os organizadores.
Segundo Baillie, o aspecto
"estranho e maravilhoso" dos
animais selecionados para o
programa pode ser um atrativo
para novos doadores. Para isso,
há bichos de todos os tamanhos, desde a baleia-azul e o
peixe-boi amazônico até o
wombat, que pode ficar maior
que um cachorro, e o lóris-delgado, que tem apenas 12 cm.
Outros deles têm características únicas na natureza. O
morganho-opossum-das-montanhas, por exemplo, um mamífero de 30 gramas do grupo
dos gambás, pode viver 12 anos
-um recorde para seu peso.
"Não haverá nada como eles
após eles partirem", diz Baillie.
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