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Governo desiste de pulverizar verba de pesquisa
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Após pressão de acadêmicos e
cientistas, o Ministério do Planejamento decidiu manter a gestão
dos fundos setoriais na pasta da
Ciência e Tecnologia, incluindo a
definição de temas prioritários.
A manutenção foi definida em
reunião anteontem à noite, em
Brasília, entre representantes dos
dois ministérios e da Finep (Financiadora de Estudos e Projetos), subordinada ao MCT.
A diretoria da SBPC (Sociedade
Brasileira para o Progresso da
Ciência) chegou a enviar uma nota ao presidente Luiz Inácio Lula
da Silva criticando a descentralização. O assunto também foi debatido na reunião da entidade.
Técnicos do Planejamento haviam sugerido, nas discussões de
elaboração do Plano Plurianual,
que as verbas destinadas à pesquisa fossem distribuídas entre os
ministérios. Com isso, cada pasta
definiria em que investir, podendo não levar em consideração
questões científicas.
"Essa não era uma proposta definitiva. Não se sabe como foi levada ao conhecimento público.
Acabou dando essa repercussão,
mas agora está resolvido", disse o
secretário-executivo do MCT,
Wanderley de Souza.
Os fundos setoriais -14, no total- foram criados no governo
FHC para fomentar pesquisa e desenvolvimento em áreas específicas, como energia, petróleo, telecomunicações e saúde.
A Finep também anunciou a liberação de R$ 13 milhões para um
programa educação à distância e
pesquisas nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste.
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