São Paulo, terça-feira, 18 de janeiro de 2011

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Pesquisadores querem clonar mamute congelado até 2016

Eles usarão amostras de DNA preservadas para ressuscitar espécie

Sergei Cherkashin/Reuters
Cientistas observam mamute bebê que ficou no solo congelado da Sibéria por 40mil anos

DE SÃO PAULO

O derretimento do gelo causado pelo aquecimento global tem revelado mais do que corpos humanos. Animais que viveram há milhares de anos, alguns extintos atualmente, também têm siso localizados. Boa parte deles em excelente estado de conservação.
Tamanha preservação permite aos cientistas fazer algumas experiências, no mínimo, curiosas. É o caso de pesquisadores japoneses, que querem ressuscitar os mamutes, extintos há aproximadamente 12 mil anos.
Para trazer o gigantesco paquiderme de volta à vida, eles pretendem usar técnicas de clonagem. Isso só é possível porque foram encontrados exemplares extremamente bem conservados, com o material genético bastante preservado.
A "matriz" do clone mamute, de acordo com o jornal "Yomiuri Shimbun", será uma carcaça da espécie que está preservada em um laboratório russo.
A ideia é injetar células contendo o DNA desse indivíduo em células de elefantes sem núcleo.
Esse material será implantado no útero de uma elefanta comum, onde o clone se desenvolverá normalmente.
O objetivo dos cientistas, liderados por Akira Iritani, da Universidade de Kioto, é que, em até cinco anos, eles possam apresentar ao mundo o primeiro exemplar de mamute "ressuscitado".
"Os preparativos para começar o projeto já foram feitos", disse Akira.
"Depois que o mamute tiver nascido, nós vamos examinar sua composição e seus genes para estudar por que espécies são extintas, entre outros fatores."
A técnica de clonagem a ser usada já foi testada com sucesso. Em 2008, cientistas também do Japão conseguiram clonar um rato congelado, em condições muito mais semelhantes às do mamute.


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