São Paulo, terça-feira, 18 de março de 2008

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AMAZÔNIA

Exportação ilegal de madeira continua, afirma Greenpeace

DA REDAÇÃO

Cinco ativistas da ONG Greenpeace se acorrentaram ontem a um navio num porto da França. A ação tem por objetivo evitar o desembarque de madeira supostamente ilegal da Amazônia.
Segundo o Greenpeace, o navio Galina 3 está trazendo madeira de pelo menos cinco empresas da região de Santarém, no Pará, que "estão sendo processadas por crimes ambientais". Os ativistas interceptaram o barco a 4 km do porto de Caen.
Segundo Marcelo Marquesini, da campanha Amazônia do Greenpeace, a ação tem o objetivo de mostrar que o "descontrole continua" na exploração madeireira da região amazônica.
Apesar de o governo ter feito diversas operações de combate à extração ilegal e criado uma guia eletrônica de transporte de produtos florestais (o DOF), o sistema já está sendo burlado, afirma.
"O governo instalou o DOF, mas não instrumentou a fiscalização de campo", disse Marquesini. Assim, mesmo que as empresas sejam obrigadas a se cadastrarem no sistema do Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renovávis) para emitir guias de transporte de madeira, estas não são verificadas em campo.
O Coordenador Geral de Autorização de Uso da Flora e Florestas do Ibama, José Humberto Chaves, diz que o DOF aumentou a legalidade na indústria. Ele diz, no entanto, que a fiscalização em campo ainda é limitada em Estados como Mato Grosso, Pará e Maranhão. Esses Estados possuem um sistema próprio de controle eletrônico de produtos florestais que ainda não está totalmente integrado com o do Ibama.


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