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Índice de Massa Corporal
é falho, afirma pesquisa
Grupo avaliou 40 estudos com 250 mil pacientes
DA REUTERS
O IMC (Índice de Massa Corporal), medida padrão da obesidade, tem falhas graves, e uma
medida mais refinada precisa
ser desenvolvida, afirmaram
médicos dos EUA.
Em estudo publicado na edição de hoje da revista médica
"Lancet" (lancet.com), os grupo da Escola de Medicina da
Clínica Mayo relata que pacientes com baixo IMC tinham
um risco maior de morrer de
doença cardíaca do que pessoas
com IMC normal. Ao mesmo
tempo, pacientes acima do peso viviam mais e tinham menos
problemas do coração que os
com IMC normal.
O resultado aparentemente
perverso, retirado de dados de
40 estudos com 250 mil pessoas no total, não sugere que a
obesidade não seja um problema, mas sim que o IMC é grosseiro demais para ser confiável.
"Nossos dados sugerem que
métodos alternativos podem
ser necessários para caracterizar melhor indivíduos que realmente têm excesso de gordura
corporal, em comparação com
aqueles cujo IMC aumenta por
conta de massa muscular", disse Francisco López-Gimenez,
que liderou o estudo.
O Índice de Massa Corporal
foi inventado entre 1830 e
1850. É uma medida de gordura do corpo calculada numa relação entre altura e peso. Um
indivíduo com IMC abaixo de
18,5 é considerado abaixo do
peso. De 18,5 a 24,9 normal; de
25 a 29,9, acima do peso, e acima de 30, obeso. Criado para
ser um indicador geral de saúde, ele virou uma ferramenta-padrão de diagnóstico de risco
de doença cardiovascular.
Em comentário ao estudo na
"Lancet", Maria Grazia Franzosi, do Instituto Mario Negri,
em Milão, disse que um estudo
em 52 países comparando quatro testes -IMC, razão cintura-quadril, medida da cintura e
medida do quadril- mostrou
que a razão cintura-quadril era
a melhor medida para avaliar
risco de um ataque cardíaco. "O
IMC pode definitivamente ser
deixado de lado como medida
de risco cardiovascular."
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