São Paulo, terça-feira, 18 de setembro de 2007

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Yale devolve peças incas ao Peru, quase 1 século após "empréstimo"

Milhares de artefatos haviam sido retirados de Machu Picchu em 1911

France Presse
Vaso inca expostos no museu Peabody, em Yale, EUA


DA REDAÇÃO

Os artefatos incas que foram retirados do Peru após a descoberta de Machu Picchu, em 1911, devem finalmente voltar ao seu país de origem. Após um longo embate com o governo peruano, a Universidade Yale, nos EUA, que detinha as peças, decidiu devolvê-las.
O material havia sido escavado pelo arqueólogo Hiram Bingham, que encontrou a cidade sagrada da civilização inca naquele ano. Depois de vasculhar 170 tumbas, ele levou os objetos para Yale a título de empréstimo, mas a universidade acabou se apoderando deles.
Nos últimos anos, ainda no governo de Alejandro Toledo (2001-2006), o Peru voltou a pressionar e ameaçou ir a um tribunal internacional se a universidade não cedesse.
Na sexta-feira à noite, representantes de Yale e do governo peruano enfim assinaram um acordo preliminar para a devolução de mais de 350 artefatos, incluindo cerâmicas e objetos de metal e pedra -considerados de interesse do museu-, além de milhares de fragmentos, ossos e objetos mais significativos para a pesquisa.
Os dois lados concordaram ainda em co-patrocinar uma exibição que vai viajar pelo mundo mostrando algumas das peças escavadas por Bingham em Cusco e Machu Picchu, além de material multimídia desenvolvido por Yale e objetos incas que ficaram no Peru.
A verba obtida com entradas para a exposição deverá ser usada para a construção de um novo museu em Cusco, que está previsto para ser inaugurado no centenário da expedição de Bingham. Foi estabelecida ainda uma parceria para novas pesquisas, incluindo estudos da fauna e da flora do parque que fica no entorno do sítio.


COM "THE NEW YORK TIMES"


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