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Yale devolve peças incas ao Peru, quase 1 século após "empréstimo"
Milhares de artefatos haviam sido retirados de Machu Picchu em 1911
France Presse
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Vaso inca expostos no museu Peabody, em Yale, EUA |
DA REDAÇÃO
Os artefatos incas que foram
retirados do Peru após a descoberta de Machu Picchu, em
1911, devem finalmente voltar
ao seu país de origem. Após um
longo embate com o governo
peruano, a Universidade Yale,
nos EUA, que detinha as peças,
decidiu devolvê-las.
O material havia sido escavado pelo arqueólogo Hiram Bingham, que encontrou a cidade
sagrada da civilização inca naquele ano. Depois de vasculhar
170 tumbas, ele levou os objetos para Yale a título de empréstimo, mas a universidade
acabou se apoderando deles.
Nos últimos anos, ainda no
governo de Alejandro Toledo
(2001-2006), o Peru voltou a
pressionar e ameaçou ir a um
tribunal internacional se a universidade não cedesse.
Na sexta-feira à noite, representantes de Yale e do governo
peruano enfim assinaram um
acordo preliminar para a devolução de mais de 350 artefatos,
incluindo cerâmicas e objetos
de metal e pedra -considerados de interesse do museu-,
além de milhares de fragmentos, ossos e objetos mais significativos para a pesquisa.
Os dois lados concordaram
ainda em co-patrocinar uma
exibição que vai viajar pelo
mundo mostrando algumas das
peças escavadas por Bingham
em Cusco e Machu Picchu,
além de material multimídia
desenvolvido por Yale e objetos
incas que ficaram no Peru.
A verba obtida com entradas
para a exposição deverá ser
usada para a construção de um
novo museu em Cusco, que está
previsto para ser inaugurado
no centenário da expedição de
Bingham. Foi estabelecida ainda uma parceria para novas
pesquisas, incluindo estudos da
fauna e da flora do parque que
fica no entorno do sítio.
COM "THE NEW YORK TIMES"
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