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Máquina de ressonância revela imagem pensada
Experimento leu memória em cérebro de pessoas
RICARDO BONALUME NETO
DA REPORTAGEM LOCAL
Pesquisadores no Japão já tinham conseguido "ler" o cérebro, identificando qual letra estava sendo observada por uma
pessoa. Agora, uma equipe nos
EUA pôde prever qual imagem
estava sendo retida na memória do voluntário, lendo sua
imaginação, por assim dizer.
As duas pesquisas usaram
técnicas de mapeamento do cérebro por ressonância magnética funcional, que mede a atividade por meio do fluxo de sangue e oxigenação do cérebro.
No experimento, os pesquisadores eram capazes apenas
de distinguir imagens dentro
de uma série preestabelecida.
Mas, se a tecnologia um dia se
tornar mais precisa, será possível ler pensamentos complexos
ou gravar sonhos de pessoas,
afirmam os cientistas.
Stephenie Harrison e Frank
Tong, da Universidade Vanderbilt, de Nashville (EUA), tiveram 80% de acerto nos experimentos em que a leitura por
ressonância tentava distinguir
em qual de duas imagens simples os voluntários estavam
pensando, depois de as terem
observado. Eram listras paralelas verticais, diagonais ou horizontais. O experimento está
descrito no site da revista "Nature" (www.nature.com).
O trabalho, de certa forma,
muda um conceito. Até agora,
achava-se que áreas cerebrais
que processam primeiro a informação visual não arquivassem dados, e que partes ligadas
à memória não tivessem muita
capacidade de visualização.
Mas Harrison mostrou que a
lembrança do padrão visual é
como um "eco" do estímulo.
"Pudemos ler o que pessoas
tinham em suas memórias visuais", diz Harrison. Segundo
ela, a informação visual retida
pode ser útil ao cérebro em tarefas complexas do dia-a-dia.
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