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Teoria desafia esforços experimentais
DA REPORTAGEM LOCAL
Embora tenha sido inspirada
por um experimento que tentou
medir (sem sucesso) variações na
velocidade da luz causadas pelo
movimento da Terra, no final do
século 19, a relatividade de Einstein é notavelmente avessa a verificações experimentais. Não é à
toa que o físico gostava de recorrer a "experimentos mentais" para demonstrar a lógica da teoria.
Para decifrar a matemática envolvida na relatividade, Einstein
usou como "guia" uma pequena
variação na órbita de Mercúrio
que não condizia com as predições da gravitação newtoniana. Só
se satisfez com as equações quando elas deram a resposta correta.
Faltava à teoria, no entanto, prever um fenômeno ainda não observado. A ocasião surgiu em
1919, quando um eclipse solar
permitiria que os astrônomos observassem pequenas variações
nas posições de algumas estrelas
causadas pela passagem da luz
emitida por elas pelas redondezas
do campo gravitacional do Sol.
Uma expedição liderada pelo
astrônomo britânico Arthur Eddington, que contou até mesmo
com observações no Brasil, confirmou a previsão da relatividade,
inaugurando uma série de sucessos observacionais da teoria.
Mas a imensa maioria dos efeitos já observados desde então segue o mesmo padrão -depende
de fenômenos distantes e exóticos
para se fazer visível. A Gravity
Probe B é vista como um salto
nesse sentido, pois pela primeira
vez um experimento controlado
-e não uma observação astronômica- testará a teoria.
(SN)
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