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Neto de Vital Brazil ataca fundação
DA REPORTAGEM LOCAL
O neto de Vital Brazil,
Érico, criticou ontem a
Fundação Butantan pela
gestão do patrimônio histórico e das coleções biológicas do instituto.
"O acervo do meu avô
está jogado numa sala com
goteira. Isso é inadmissível", declarou à Folha o
historiador, que preside a
Casa de Vital Brazil.
A família do médico fez
circular nesta semana
uma carta culpando pela
tragédia "pessoas que tiveram até [há] pouco e
ainda têm poder de decisão no Butantan".
Segundo ele, o problema começou nos anos
1980, quando o pesquisador Isaias Raw assumiu a
presidência da fundação e
resolveu priorizar a fabricação de soros e vacinas.
O instituto vivia na penúria na época. "É evidente que ele tinha de buscar
uma alternativa, mas não
dá para relegar [o patrimônio histórico] à última
instância", afirmou.
Ao ser questionado se o
Butantan relegou a manutenção do seu acervo, o diretor Otávio Mercadante
disse que não.
"A coleção cresceu muito na minha gestão, foi
criada uma curadoria de
coleções, ela passou a ser
valorizada", afirmou.
Raw se afastou da presidência no ano passado, em
meio a uma investigação
de desvio de R$ 35 milhões durante sua gestão.
Procurado ontem pela
reportagem, o pesquisador não foi localizado.
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