São Paulo, quarta-feira, 19 de maio de 2010

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Neto de Vital Brazil ataca fundação

DA REPORTAGEM LOCAL

O neto de Vital Brazil, Érico, criticou ontem a Fundação Butantan pela gestão do patrimônio histórico e das coleções biológicas do instituto.
"O acervo do meu avô está jogado numa sala com goteira. Isso é inadmissível", declarou à Folha o historiador, que preside a Casa de Vital Brazil.
A família do médico fez circular nesta semana uma carta culpando pela tragédia "pessoas que tiveram até [há] pouco e ainda têm poder de decisão no Butantan".
Segundo ele, o problema começou nos anos 1980, quando o pesquisador Isaias Raw assumiu a presidência da fundação e resolveu priorizar a fabricação de soros e vacinas.
O instituto vivia na penúria na época. "É evidente que ele tinha de buscar uma alternativa, mas não dá para relegar [o patrimônio histórico] à última instância", afirmou.
Ao ser questionado se o Butantan relegou a manutenção do seu acervo, o diretor Otávio Mercadante disse que não.
"A coleção cresceu muito na minha gestão, foi criada uma curadoria de coleções, ela passou a ser valorizada", afirmou.
Raw se afastou da presidência no ano passado, em meio a uma investigação de desvio de R$ 35 milhões durante sua gestão.
Procurado ontem pela reportagem, o pesquisador não foi localizado.


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