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Plástico desaparecido também é problema no Atlântico Norte
RICARDO BONALUME NETO
DE SÃO PAULO
"O caso do plástico desaparecido no mar." Se o médico John Watson estivesse escrevendo mais uma aventura
do seu amigo Sherlock Holmes, esse poderia ser o título
de mais um mistério. Só que
ainda falta um Holmes para
chegar à devida solução.
Cientes de que o lixo é um
problema tão grande nos
oceanos quanto os derramamentos de petróleo, cientistas acompanharam a mesma
região do oceano Atlântico
Norte e mar do Caribe por 22
anos. Padrões de vento e correntes criam um "lixão" flutuante nessa área.
A equipe de Kara Lavender
Law, da Sea Education Association, percebeu que o nível
de plástico nos mares tem
permanecido constante.
Mas os pesquisadores lembram que, de 1976 a 2008, a
produção global de plástico
cresceu cinco vezes - seria
de se esperar mais plástico
nos mares, portanto.
Redes coletavam o plástico, que era depois contado
manualmente por mais de
7.000 alunos de graduação
-foram mais de 64 mil pedacinhos. O estudo está publicado na revista "Science".
Os cientistas especulam
que os pedaços de plástico
podem ser tão pequenos que
as redes não conseguem coletá-los. Talvez estejam afundando ou sendo consumidos
pela vida marinha.
"A baixa biodegradação
dos plásticos permite que fiquem no mar por décadas.
Podem ser ingeridos por aves
aquáticas e organismos que
vão de plâncton a mamíferos
marinhos", diz Law.
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