São Paulo, segunda-feira, 20 de setembro de 2010

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Fibra de camarão pode despoluir rios

Pesquisa da Unicamp indica que substância extraída de crustáceos consegue eliminar metais pesados da água

Abundante na natureza, quitosana já é muito usada pela indústria de medicamentos em várias outras aplicações

MAURÍCIO SIMIONATO
DE CAMPINAS

Uma fibra retirada de crustáceos, como camarão e lagosta, pode ajudar a despoluir rios e lagos contaminados por metais pesados, de acordo com uma pesquisa da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas).
A fibra, chamada quitosana, é abundante na natureza e comumente usada pela indústria farmacêutica para outras finalidades.
"Ela é extraída da casca de crustáceos, como caranguejos, que são descartados pela indústria pesqueira", disse a pesquisadora Elaine Nogueira Lopes de Lima, que apresentou o trabalho como tese de doutorado em química.
Para extrair da água metais como cobre e chumbo, que podem contaminar animais e plantas nas proximidades, a quitosana é alterada quimicamente, ficando com capacidade de "aderir" a essses elementos.
"A quitosana é usada em forma de pó. Quando jogada na água, os metais grudam nas moléculas", disse Lima.
Em seguida, é feita uma filtragem para retirar o pó com metais pesados absorvidos.
O pó da fibra pode ser reutilizado depois de retirados os metais pesados.
Com os resultados positivos, a pesquisadora já planeja testar outras reações em misturas com quitosana, desta vez em fármacos. O objetivo é que o tratamento nos rios seja ampliado para substâncias tóxicas desta área.


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