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Pesquisa britânica explica como surgiram as pintas dos felídeos
Mancha ajuda camuflagem de gatos de mata fechada e arbóreos
Marcus Obal/Creative Commons
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Onça-pintada ("Panthera onca'), espécie que tem preferência por ambientes fechados
REINALDO JOSÉ LOPES
EDITOR DE CIÊNCIA
"Como o leopardo ganhou
suas pintas": parece o mote
de algum mito africano, mas
é o título de um artigo científico que promete explicar a
origem dos estranhos e belos
padrões na pelagem de leopardos e outros gatos.
A equipe liderada por William Allen, da Universidade
de Bristol (Reino Unido), está
publicando os resultados no
periódico "Proceedings of
the Royal Society B".
Depois de analisar fotos de
37 espécies de felídeos, como
é conhecida a família dos gatos, eles afirmam que a chave
para entender a aparência
deles é o tipo de habitat e estilo de vida de cada bicho.
Resumindo: os que vivem em
matas fechadas e passam
boa parte do tempo nas árvores são os mais "pintados".
Esse tipo de hábito também influencia a complexidade das pintas: os gatos de
florestas tropicais e de vida
arbórea não só tendem a ter
mais pintas como também
possuem o padrão mais irregular e complexo de manchas na pelagem.
A explicação básica tem a
ver mesmo com a camuflagem: nesse tipo de ambiente,
ser coberto de pintas ajuda o
bicho a se misturar ao pano
de fundo. Isso facilita suas
caçadas e, no caso de animais menores, como as jaguatiricas, também os esconde de predadores.
Já os felinos adaptados a
lugares mais abertos, como
os leões, abdicaram dessa
forma de camuflagem.
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