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Dinamarca quer só casas "verdes" feitas até 2020
País pode cobrar menos impostos de quem tiver painel solar em moradia
Residência que reduz gasto com calefação e reaproveita água hoje custa cerca de 5% a mais no país europeu
DE SÃO PAULO
A Dinamarca estuda beneficiar financeiramente quem
construir casas "verdes". A
ideia é que as pessoas que
utilizarem painéis solares e
sistema de reaproveitamento
de água, por exemplo, paguem menos impostos.
Com isso, o governo pretende que todas as novas casas construídas sejam consideradas "verdes" até 2020.
"Os dinamarqueses não
são do tipo que abraça árvores, mas a preocupação ambiental está sendo incentivada pelo governo", diz Thomas Nordli, consultor da
Rockwool (empresa que trabalha com tecnologias limpas para construção civil).
Uma casa "verde" custa
cerca de 5% a mais do que
uma casa comum naquele
país. "Depois de construída,
o proprietário só se beneficia
e economiza", explica o especialista da Rockwool.
Num país frio como a Dinamarca, algumas tecnologias de construção podem reduzir significativamente os
custos de aquecimento. Por
exemplo, as janelas maiores
(para entrar mais luminosidade) e com vidros três vezes
mais grossos.
Esses vidros, aliados às paredes com cerca de 50 cm,
funcionam como "cobertor"
para a casa e reduzem os gastos com aquecimento.
"Essa tecnologia pode ser
usada também para resfriamento, em países quentes como o Brasil", diz Nordli.
Desde a crise do petróleo
da década de 1970, a Dinamarca tem investido em
energias alternativas, como
biomassa, energia solar e eólica (que hoje representa cerca de 20% da matriz energética do país).
(SABINE RIGHETTI)
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