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São Paulo, sexta-feira, 22 de agosto de 2003

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Planeta faz maior aproximação em 60 mil anos

DA REPORTAGEM LOCAL

Planetas normalmente são fáceis de identificar no céu por conta de seu brilho estático, se comparado às oscilações das estrelas. Mas Marte vai redefinir o conceito de "fácil de achar" no próximo dia 28. Por conta de um fenômeno que acontece aproximadamente a cada dois anos, o planeta estará em oposição (nome que os astrônomos atribuem ao momento em que uma linha pode ser traçada com o Sol numa ponta, Marte noutra e a Terra no meio).
Embora seja uma decorrência normal do ritmo dos planetas em torno de suas órbitas (veja quadro acima), o fenômeno deste ano será especial por representar a maior aproximação dos dois astros nos últimos 60 mil anos. Uma maior que esta só vai acontecer em 2287. No dia 28, os dois planetas estarão separados por 55,8 milhões de quilômetros, ou apenas 186 segundos-luz (isso quer dizer que a luz que vem de lá leva 186 segundos para chegar até aqui).
É uma boa oportunidade para identificar Marte no céu, que estará visível a noite toda e passará o fim da noite do dia 28 e o início da madrugada perto do zênite (o topo da abóbada celeste). Mas ninguém precisa se preocupar com os efeitos que a aproximação pode causar. Oposições similares já aconteceram em 1924, 1956, 1971 e 1988, sem impacto entre os terrestres -exceto pelo espetáculo.
O planeta deve ser um dos astros mais destacados (a Lua estará em fase nova), com brilho similar ao de Sírius e pouco menor que o de Vênus. Com um telescópio, será possível até ver traços da superfície, como as calotas polares.
Em São Paulo, a Escola Municipal de Astrofísica vai organizar palestras e seções de observação entre os dias 26 e 29 (www.cursoanglo.com.br/planetario). No Rio, o Museu de Astronomia e Ciências Afins (tel. 0/xx/ 21/2589-4965) vai organizar um evento público no dia 27. O mesmo ocorrerá no Observatório Nacional (e-mail: marcomed@on.br). (SN)


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