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Planeta faz maior aproximação em 60 mil anos
DA REPORTAGEM LOCAL
Planetas normalmente são fáceis de identificar no céu por conta de seu brilho estático, se comparado às oscilações das estrelas.
Mas Marte vai redefinir o conceito de "fácil de achar" no próximo
dia 28. Por conta de um fenômeno que acontece aproximadamente a cada dois anos, o planeta
estará em oposição (nome que os
astrônomos atribuem ao momento em que uma linha pode ser
traçada com o Sol numa ponta,
Marte noutra e a Terra no meio).
Embora seja uma decorrência
normal do ritmo dos planetas em
torno de suas órbitas (veja quadro
acima), o fenômeno deste ano será especial por representar a
maior aproximação dos dois astros nos últimos 60 mil anos. Uma
maior que esta só vai acontecer
em 2287. No dia 28, os dois planetas estarão separados por 55,8 milhões de quilômetros, ou apenas
186 segundos-luz (isso quer dizer
que a luz que vem de lá leva 186 segundos para chegar até aqui).
É uma boa oportunidade para
identificar Marte no céu, que estará visível a noite toda e passará o
fim da noite do dia 28 e o início da
madrugada perto do zênite (o topo da abóbada celeste). Mas ninguém precisa se preocupar com
os efeitos que a aproximação pode causar. Oposições similares já
aconteceram em 1924, 1956, 1971 e
1988, sem impacto entre os terrestres -exceto pelo espetáculo.
O planeta deve ser um dos astros mais destacados (a Lua estará
em fase nova), com brilho similar
ao de Sírius e pouco menor que o
de Vênus. Com um telescópio, será possível até ver traços da superfície, como as calotas polares.
Em São Paulo, a Escola Municipal de Astrofísica vai organizar
palestras e seções de observação
entre os dias 26 e 29 (www.cursoanglo.com.br/planetario). No
Rio, o Museu de Astronomia e
Ciências Afins (tel. 0/xx/ 21/2589-4965) vai organizar um evento
público no dia 27. O mesmo ocorrerá no Observatório Nacional (e-mail: marcomed@on.br).
(SN)
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