São Paulo, segunda-feira, 23 de novembro de 2009

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Dilma cobra números de países ricos

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
DA FOLHA ONLINE

Chefe da delegação brasileira que irá à conferência global do clima em Copenhague no mês que vem, a ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, cobrou dos países ricos que apresentem metas de redução de emissão de gases do efeito estufa.
"É impossível que os maiores poluidores do planeta não sejam instados a colocar números na mesa, concretos", declarou a ministra. Segundo ela, "os números dos países ricos, que são números obrigatórios, têm de ser colocados na mesa".
Dilma cobrou duramente os países desenvolvidos: "Quanto é que vão reduzir? Quanto de financiamento vão disponibilizar para os países em desenvolvimento poderem tomar e fazer ações de adaptação e de mitigação? Vão financiar o quê?".
Indagada se prevaleceria a tese de adiar os compromissos que deveriam ser firmados em Copenhague, a ministra disse: "Rigorosamente, ninguém assume o adiamento, porque seria uma posição absurda".
A ministra declarou que pode até haver um "tempo diferenciado para finalizar todos os aspectos legais". No entanto, disse que é obrigatório da parte dos países ricos apresentar metas. O Brasil, que não tinha obrigação, apresentou-as. "Fomos o único país que teve uma posição clara", afirmou.

Amazônia
O Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) deve apresentar amanhã, em Brasília, uma estimativa da contribuição do desmatamento na Amazônia para as emissões globais de gás carbônico, o principal gás-estufa.
O desmatamento é tradicionalmente a principal fonte de emissões do Brasil, embora estudos indiquem que ele está se tornando menos importante nos últimos anos. O Inpe também apresentará uma projeção das emissões caso o país reduza o desmate em 80% até 2020, meta do governo federal.


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