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Dilma cobra
números de
países ricos
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
DA FOLHA ONLINE
Chefe da delegação brasileira que irá à conferência
global do clima em Copenhague no mês que vem, a ministra da Casa Civil, Dilma
Rousseff, cobrou dos países
ricos que apresentem metas
de redução de emissão de gases do efeito estufa.
"É impossível que os maiores poluidores do planeta
não sejam instados a colocar
números na mesa, concretos", declarou a ministra. Segundo ela, "os números dos
países ricos, que são números obrigatórios, têm de ser
colocados na mesa".
Dilma cobrou duramente
os países desenvolvidos:
"Quanto é que vão reduzir?
Quanto de financiamento
vão disponibilizar para os
países em desenvolvimento
poderem tomar e fazer ações
de adaptação e de mitigação?
Vão financiar o quê?".
Indagada se prevaleceria a
tese de adiar os compromissos que deveriam ser firmados em Copenhague, a ministra disse: "Rigorosamente, ninguém assume o adiamento, porque seria uma posição absurda".
A ministra declarou que
pode até haver um "tempo
diferenciado para finalizar
todos os aspectos legais". No
entanto, disse que é obrigatório da parte dos países ricos apresentar metas. O Brasil, que não tinha obrigação,
apresentou-as. "Fomos o
único país que teve uma posição clara", afirmou.
Amazônia
O Inpe (Instituto Nacional
de Pesquisas Espaciais) deve
apresentar amanhã, em Brasília, uma estimativa da contribuição do desmatamento
na Amazônia para as emissões globais de gás carbônico, o principal gás-estufa.
O desmatamento é tradicionalmente a principal fonte de emissões do Brasil, embora estudos indiquem que
ele está se tornando menos
importante nos últimos
anos. O Inpe também apresentará uma projeção das
emissões caso o país reduza o
desmate em 80% até 2020,
meta do governo federal.
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