São Paulo, domingo, 24 de julho de 2011

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Mesmo longe do Sol, sonda terá painéis solares

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Uma diferença marcante entre as sondas Galileo e a Juno é que, enquanto a primeira usava uma fonte radioativa para obter eletricidade, a Juno usará painéis fotovoltaicos.
Essa será a primeira vez que uma sonda vai operar com energia solar estando tão longe do Sol.
Onde Júpiter fica, o nível de luz solar é cerca de quatro centésimos daquele que há nas imediações da Terra. Para compensar a baixa luminosidade, os três painéis da Juno serão grandes: terão nove metros de comprimento (veja quadr).
E, para chegar lá, a espaçonave da Nasa fará uma rota bastante tortuosa.
Um sobrevoo da própria Terra, em 2013, dará o impulso gravitacional necessário para a viagem até Júpiter, com chegada prevista para 3 de agosto de 2016.
Depois disso, a missão deve durar um ano.
A órbita "fechada" da Juno produzirá as imagens mais espetaculares da turbulenta atmosfera joviana, onde a sonda deverá encontrar seus últimos momentos.
Não estão nos planos da nova espaçonave, por exemplo, observações detalhadas das luas jovianas.
Após a conclusão das observações da sonda, a Nasa comandará o veículo a se "queimar" em Júpiter, para evitar uma colisão com uma das luas potencialmente habitáveis do planeta.
Prevenir essa colisão pode evitar a contaminação das luas de Júpiter por bactérias terrestres que possam "embarcar ilegalmente" na espaçonave.
Para o pesquisador Scott Bolton, que comanda a missão, as sondas anteriores a Juno foram importantes. "Os objetivos científicos da Juno só existem por causa do que aprendemos com a Galileo", afirma. (SN)


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