São Paulo, quarta-feira, 24 de setembro de 2008

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Universidade inglesa investiga elo entre sala de Rutherford e câncer

Local onde foi feita pesquisa pioneira do átomo, há 100 anos, pode ter radiação

JONATHAN BROWN
DO "INDEPENDENT"

A radiação deixada por experimentos feitos há um século por Ernest Rutherford, o primeiro homem a partir o átomo, pode ser parcialmente responsável pela morte de até quatro funcionários da Universidade de Manchester (Reino Unido).
Entre 1909 e 1917, Rutherford conduziu seus experimentos na sala 2.62 do edifício que hoje leva seu nome. Ali ele investigou as propriedades do radônio e do polônio -e experimentos com material radioativo foram feitos ali até 1947. A segurança do prédio, desde então, nunca foi testada.
Preocupações com a radiação deixada no prédio começaram a ser levantadas no ano passado, com a morte por câncer do psicólogo Hugh Wagner. Ele trabalhou por 20 anos na sala 2.62, hoje pertencente ao Departamento de Psicologia.
John Clark, outro pesquisador, havia morrido em 1993. Em fevereiro, a portuguesa Vanessa Santos-Leitão, que também trabalhava no local, morreu também por causa de um tumor na cabeça.
A última morte, de Arthur Reader, na semana passada, acendeu na família do outro funcionário do edifício Rutherford o temor de que tudo não é uma mera coincidência.
A universidade insiste que não há elo causal entre o prédio e as mortes, mas anunciou que vai investigar o caso.


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