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São Paulo, sexta-feira, 24 de outubro de 2003

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ESPAÇO

Câmeras de satélite sino-brasileiro realizam testes preliminares com sucesso; estudos só devem começar em 3 meses

Cbers-2 envia primeiras imagens orbitais

Divulgação Cast/Inpe
Imagem de câmera brasileira mostra área da cordilheira andinas


DA REDAÇÃO

O satélite Cbers-2 (sigla em inglês para Satélite Sino-Brasileiro de Recursos Terrestres) nem bem chegou ao espaço e já começou a mostrar seu poder de fogo. O Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) divulgou ontem a primeira imagem obtida pela câmera WFI -usada para a obtenção de visualizações panorâmicas da superfície terrestre.
O aparelho, que foi totalmente desenvolvido e fabricado no Brasil, teve seus sistemas acionados em órbita às 12h21. Apesar do sucesso nos testes iniciais, a operação científica ainda demorará a ser iniciada. Estão previstas várias verificações dos instrumentos, que podem consumir quase três meses, desde a inserção orbital.
A Academia Chinesa de Tecnologia Espacial também divulgou ontem sua primeira imagem do satélite, vinda da câmera CCD (de alta resolução), que mostra a cidade de Hangzhou, na China.
O processamento das imagens da câmera brasileira agora também é totalmente nacional, o que não acontecia com as imagens geradas pelo Cbers-1 (lançado em 1999). A empresa Gisplan, responsável pelo desenvolvimento do sistema brasileiro de processamento, estima que o procedimento vá ser barateado em até 70%.
O objetivo do projeto é usar informações do satélite -que fica numa órbita polar e pode varrer a totalidade do globo terrestre- em monitoramento ambiental.
Os dois primeiros satélites foram previstos no acordo original de cooperação, datado de 1988. O sucesso da parceria fez com que, no ano passado, Brasil e China decidissem desenvolver outra dupla de satélites, para entrada em operação na próxima década. A partir do Cbers-3, os dois países dividirão igualmente os custos. Nos dois primeiros, o Brasil arcou com 30% dos investimentos.

Vítimas do VLS-1
As famílias das vítimas do acidente com o VLS-1 (Veículo Lançador de Satélites), que matou 21 pessoas no Centro de Lançamento de Alcântara, no Maranhão, há dois meses, estão divididas. Uma parte diz acreditar que o laudo em preparação por uma comissão da Aeronáutica, não deverá apontar as causas da tragédia.
Outros familiares se alinham com o Ministério da Defesa e dizem acreditar no andamento dos trabalhos. Para ambos os lados, a prorrogação das investigações anunciada anteontem é boa. Ontem foram entregues às viúvas dos 21 mortos medalhas de honra ao mérito, como reconhecimento pelo trabalho prestado pelos funcionários civis do CTA (Centro Técnico Aeroespacial).

Colaboraram as Regionais


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