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Combustível precisa melhorar até 2020, diz ONU
DA REPORTAGEM LOCAL
O problema da poluição por
navios no mundo começou a
ser resolvido pela Organização
Marítima Internacional (IMO,
em inglês), agência da ONU
(Organização das Nações Unidas), com a definição no ano
passado de padrões para melhoria do combustível naval.
Até 2020, o nível de enxofre
no combustível de navios deverá ser reduzido em 90%.
Os EUA deram um passo
adiante em março passado,
quando sua Agência de Proteção Ambiental (EPA, em inglês) propôs à organização marítima a criação de uma zona-tampão de 200 milhas náuticas
em torno das costas do país na
qual, começando em 2015, os
navios teriam que usar combustíveis limpos.
Os navios teriam que usar
combustíveis com um conteúdo de enxofre de no máximo
1.000 partes por milhão.
Com isso, a emissão de particulado e óxidos de enxofre cairia em mais de 80%. E a proposta inclui também que novos navios teriam que cortar as emissões de óxidos de nitrogênio
em 80%. Hoje há combustíveis
navais com até 27.000 partes
por milhão de enxofre. Já o diesel usado por carros nos EUA
tem só 15 partes por milhão.
James Corbett, estudioso
deste assunto na Universidade
de Delaware, afirma que é fundamental regular esse tipo de
transporte. "A poluição por navios afeta a saúde de comunidades em regiões costeiras e interiores em todo o mundo", disse
o pesquisador.
Os navios também contribuem para o aquecimento global. Um relatório da ONU de
2008 mostrou que emissões de
CO2 do setor são de 1,1 bilhão
de toneladas -o que corresponde a 4,5% de todas as emissões provocadas pelas atividades humanas. Os navios emitem mais desse gás-estufa que
a aviação civil -projeções indicam que a emissão anual dos
aviões fica em torno dos 650
milhões de toneladas de CO2.
China
Os países comunistas estavam entre os maiores poluidores industriais do planeta, por
isso não é surpresa que a China
comunista lidere hoje a poluição marítima. A China fabrica
navios econômicos que usam o
mais barato e mais poluente
combustível. Existem mais de
160 estaleiros em atividade na
China, segundo dados coletados pelo Instituto de Economia
e Logística da Navegação, de
Bremen. No começo de 2008,
estaleiros asiáticos tinham encomendas de 7.870 navios
-cerca de 90% da produção
mundial.
(RBN)
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