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Maiores bichos
se comparam
a um Fusca
DO ENVIADO AO RIO
As supertocas e supertatus estudados pelos pesquisadores brasileiros podem parecer impressionantes para os desavisados, mas são café pequeno
diante do tamanho gigantesco que outras espécies
do tipo alcançaram.
A Era do Gelo foi também uma era de ouro para
os tatus e bichos assemelhados. Originários da
América do Sul (a mais antiga espécie tem uns 60 milhões de anos e foi achada
em Itaboraí, no Rio de Janeiro), os bichos avançaram rumo à América do
Norte quando o istmo do
Panamá se formou e uniu
os dois subcontinentes.
De norte a sul, os ambientes foram tomados pelos gigantescos gliptodontes, cuja carapaça maciça
e arredondada dava a essas criaturas o aspecto -e
o tamanho aproximado-
de um Fusca. Não cavavam tocas, claro.
Os gliptodontes não são
considerados tatus verdadeiros. Ao contrário de
seus primos menores,
eram pastadores, e não comedores de inseto. Outra
diferença importante é a
falta de dobradiças no casco, o que os tornava rígidos feito um tanque se
comparados, por exemplo, a um tatu-bola.
Além dos tatus verdadeiros e dos gliptodontes,
outros animais do tipo a
alcançar grandes dimensões foram os pampatérios, esses com carapaças
mais maleáveis.
Não se sabe ao certo
porque essa diversidade
de bichos gigantes sumiu.
Mudanças na vegetação
são um dos fatores apontados pelos paleontólogos,
mas a caça por humanos
não está descartada.
(RJL)
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