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BIOLOGIA
Pesquisa analisou salmões em um lago nos EUA
Estudo com peixe aponta processo ligado à diferenciação de espécies
DO "THE NEW YORK TIMES"
Por mais de um século os cientistas consideraram impossível
testemunhar a evolução de uma
nova espécie na natureza. Mas
não é isso que mostra um estudo
com salmões publicado na última
edição da revista "Science".
Nele, pesquisadores apresentam evidências sugerindo que
uma nova espécie pode surgir
muito mais rápido do que se pensava anteriormente.
Além de sacudir as idéias atuais
sobre o quão rápido novas espécies podem evoluir, dizem os pesquisadores, o novo estudo -juntamente com outro trabalho sobre a evolução em moscas-das-frutas- sugere que os cientistas
podem ter esperanças de observar o surgimento de uma nova espécie na natureza. Essa oportunidade pode ajudar a entender um
dos mecanismos fundamentais
para a evolução da vida na Terra.
No novo estudo, os pesquisadores afirmam que uma população
de salmões parece ter evoluído
em dois grupos distintos que não
mais se misturavam livremente,
dando o primeiro passo para se
tornarem espécies separadas, não
após séculos ou milênios, mas em
apenas 50 anos.
"Não havia precedente para isso", diz Andrew Hendry, da Universidade de Massachusetts, um
dos autores do trabalho.
O estudo se aproveitou do fato
de que uma espécie de salmão
(Oncorhynchus nerka) havia sido
introduzida em 1937 no lago
Washington, próximo a Seattle.
Em 1992, quando os pesquisadores começaram a estudar o peixe, eles descobriram que o grupo
original havia evoluído em dois
grupos diferentes. Um deles depositava seus ovos na margem do
lago, enquanto o outro, ligeiramente diferente, se reproduzia
em um rio ligado ao lago.
Na mesma edição da "Science",
pesquisadores australianos relatam evidências de que mudanças
distinguindo duas espécies de
mosca-das-frutas surgiram em
apenas seis meses.
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