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Ancestral humana mais antiga é descoberta do ano
Estudo sobre esqueleto com 4,4 milhões de anos encabeça lista da revista "Science"
Testes com terapia de DNA que tiveram sucesso e droga experimental que prolonga vida de ratos também estão entre os dez itens da relação
"Science"
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Desenho simula a aparência de Ardi, fóssil achado na Etiópia
DA REDAÇÃO
Em seu balanço de 2009, a
revista "Science" considerou a
apresentação do esqueleto de
uma fêmea de Ardipithecus ramidus -o fóssil apelidado de
Ardi- o evento científico mais
importante do ano. A pequena
primata de 1,20 metro, que viveu há 4,4 milhões de anos, é
agora o exemplar mais antigo
conhecido de um ancestral da
espécie humana. Tirou do trono Lucy, um fóssil de Australopithecus afarensis, 1 milhão de
anos mais recente.
Após mais de uma década de
esforços para remontar um esqueleto fragmentado desenterrado nos anos 1990, cientistas
liderados por Tim White, da
Universidade da Califórnia em
Berkeley, mostraram que os
hominídeos da época de Ardi
tinham pouco a ver com chimpanzés, já apresentando anatomia e hábitos bem distintos dos
que se vê entre macacos hoje.
A "Science" -que junto com
a "Nature" forma a dupla de periódicos mais disputada pela
comunidade científica- publica todo ano sua lista com as dez
acontecimentos mais importantes. Em 2009, também estão na relação da revista os testes com terapia gênica que tiveram sucesso e os estudos com a
droga experimental rapamicina que prolonga vida de cobaias (veja quadro à direita).
Para o ano seguinte, os editores da "Science" fazem suas
previsões sobre quais linhas de
pesquisa tendem a render
mais. Em 2010 o periódico
aposta que o uso de células iPS
-derivadas de tecido adulto,
mas reprogramadas para se
comportarem como células-tronco de embriões-, deverá
ser grande fonte de notícias.
Estudos que usam esse material para testar terapias contra
doenças ainda sem cura, como
mal de Parkinson e diabetes tipo, vão proliferar, diz a revista.
Outra grande aposta da
"Science" é no experimento
AMS (Espectrômetro Magnético Alfa), que será montado na
Estação Espacial Internacional. O dispositivo é um detector especial de raios cósmicos
para tentar investigar questões
como a composição da misteriosa matéria escura, entidade
física que possui massa mas
não interage com a luz nem
com nenhum tipo de radiação.
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