São Paulo, sábado, 26 de março de 2011

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Lenda sobre ação de nazista não se sustenta

DO EDITOR DE CIÊNCIA

A análise cuidadosa dos registros de batismo de Cândido Godói também deve sepultar um dos mitos mais ridículos sobre os gêmeos da cidade: o de que haveria ali o dedinho do médico nazista Josef Mengele (1911-1979).
Sim, o responsável pelos horrendos experimentos com humanos no campo de concentração de Auschwitz tinha uma tara macabra por gêmeos. E sim, ele passou a maior parte de seus anos pós-guerra na América do Sul.
"Mas, quando a gente olha a proporção de gêmeos na cidade entre 1927 e 1959, fica claro que ela era mais ou menos a mesma antes e depois da vinda de Mengele", explica Ursula Matte, coordenadora da nova pesquisa.
"Foi bom para encerrar de vez esse assunto", diz Vanuza Dresch, da prefeitura de Cândido Godói.
Mesmo sem esses indícios, era esperado que Mengele fosse incapaz de produzir a colheita de gêmeos. É que, além de canalha, a "ciência" nazista era um bocado burra.
Os testes de Mengele com gêmeos (que envolviam costurar dois deles para "criar" um gêmeo siamês) eram mal projetados, provavelmente mera desculpa para seu sadismo. E ele ignorava o funcionamento do DNA -como, aliás, os cientistas decentes dos anos 1940. (RJL)


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