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Missão tem participação de cientistas brasileiros nos EUA
DA REPORTAGEM LOCAL
DA FOLHA ONLINE
Um dos coordenadores da
missão Phoenix é o brasileiro
Ramon de Paula, radicado nos
Estados Unidos desde 1969,
quando tinha 17 anos de idade.
Ele mudou de país para acompanhar o pai, oficial da Força
Aérea Brasileira, que foi trabalhar na Comissão Aeronáutica
Brasileira em Washington.
De Paula estudou engenharia
eletrônica, depois fez especialização em engenharia nuclear.
Trabalhou no Laboratório de
Propulsão a Jato -o grande
berçário de tecnologias da Nasa- e está no "quartel-general"
da agência espacial, em Washington, desde 1989.
Ele comanda missões para
Marte desde 2000. Três horas
antes do horário previsto para a
aterrissagem, ele afirmou à Folha: "Aqui estamos preocupados, mas tudo está indo bem
por enquanto."
Na semana anterior, ele ainda demonstrava certa apreensão com a missão. "Não descemos com esse tipo de pouso há
32 anos. Isso cria uma grande
expectativa, ansiedade, preocupação", afirmou. O engenheiro
falou ainda que a equipe estava
muito consciente "dos riscos e
das dificuldades [da missão]".
"Mas achamos que é importante entender o pólo norte de
Marte, saber o que aconteceu
com a água, com o clima, como
ele mudou. Isso pode beneficiar a gente aqui na Terra."
Outro brasileiro que contribuiu na missão foi Nilton Rennó, cientista da Universidade
de Michigan (EUA) que a Nasa
encarregou de apontar possíveis problemas e propor soluções viáveis antes de a sonda
espacial ser lançada. Ele ajudou
a escolher onde deveria ser o
pouso da espaçonave-robô.
"O que a gente fez foi procurar o lugar mais plano e com o
menor número possível de pedras, dentro da região de interesse para o pouso", disse Rennó em junho do ano passado -a
Phoenix foi para o espaço em
agosto. Ao que parece, seu trabalho rendeu frutos.
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