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CIÊNCIA
Telescópio no Havaí
tem parceria do Brasil
da Reportagem Local
A inauguração de um novo telescópio óptico no Havaí, em um projeto do qual o Brasil participa, dará
ao país a oportunidade de obter o
dobro de dados sobre o Universo
do que o captado atualmente.
O telescópio Gemini Norte, localizado em Mauna Kea, no Havaí
(EUA), foi construído por uma
parceria de sete países (EUA, Reino Unido, Canadá, Chile, Austrália, Brasil e Argentina). Seu custo
total é de US$ 184 milhões.
Com um espelho de observação
de 8 m de comprimento, o Gemini
Norte será o telescópio em terra
com maior acuidade visual.
"O telescópio será ideal para estudar regiões de formação de estrelas", diz Augusto Damineli,
professor do Instituto Astronômico e Geofísico da USP (Universidade de São Paulo) e membro de um
comitê de gerenciamento de tempo do Gemini Norte.
Segundo ele, essas regiões são difíceis de ser pesquisadas porque
costumam ser escondidas por nuvens de poeira. No entanto, as observações do Gemini, realizadas
por meio de infravermelho, "filtram" a imagem.
Além disso, para que as observações não sejam prejudicadas por
efeitos da atmosfera, o aparelho
possui um sistema chamado óptica adaptativa, que compensa as
perturbações e obtém imagens como se estivesse em órbita.
A inauguração do Gemini, com a
divulgação de suas primeiras imagens, ocorreu ontem. Em uma delas, observa-se a nebulosa planetária BD+303639 (foto acima), estrela em processo de colapso.
A participação do Brasil, em
2,38% dos custos do projeto, faz
com que o país tenha direito a cerca de sete noites por ano de observações astronômicas.
"Apesar de parecer que sete noites é pouco tempo, poderemos obter mais que o dobro da quantidade de dados captados atualmente",
diz Damineli.
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