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Em cirurgia delicada, equipe retira tumor de um jacaré de 500 kg no Pará
JOSÉ EDUARDO RONDON
DA AGÊNCIA FOLHA
Alcindo, 55, se recupera de
uma cirurgia delicada de retirada de um tumor. Em Belém (PA), onde vive, o estado
de saúde dele é motivo de
preocupação para parte dos
moradores da cidade.
Pesando cerca de 500 kg e
medindo 4,5 m, o jacaré Alcindo é um dos habitantes
mais antigos do Parque Zoobotânico do Museu Paraense
Emílio Goeldi. Chegou ao local na década de 1950.
Há nove dias, durante cerca de seis horas, uma equipe
de funcionários do parque
realizou a operação para a
retirada do tumor, que pesava cerca de 400 gramas e estava localizado na pata posterior direita. Uma análise
laboratorial apontará se o
tumor é benigno ou maligno.
Antes de receber uma
anestesia na região afetada
pelo tumor, Alcindo foi imobilizado pelos funcionários.
Pedaços de espuma revestiram o local onde ele fica para
evitar que batesse a cabeça.
A equipe que cuida de Alcindo classifica o quadro clínico do animal após a cirurgia como "satisfatório".
O tanque onde vive foi esvaziado, para evitar risco de
contaminação em razão do
contato do animal com a
água, diz a veterinária Aline
Imbeloni. Para ministrar ao
jacaré medicamentos necessários ao pós-operatório são
utilizados dardos que são
lançados com o auxílio de
uma zarabatana.
Visitantes do parque fazem perguntas acerca do estado de saúde de Alcindo aos
funcionários. "Há um vínculo afetivo muito grande. O
Alcindo tem um vínculo
muito forte com os visitantes", diz o veterinário Antônio Messias Costa.
A espécie a que pertence
Alcindo, o jacaré-açu (Melanosuchus niger), é a maior de
um animal desse tipo na
América do Sul, chega a atingir seis metros de comprimento e vive principalmente
em lagos da Amazônia.
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