DA REPORTAGEM LOCAL

Ilhabela, no litoral de São Paulo, não é mais apenas um município querido por turistas. A cidade foi apontada ontem como a campeã de preservação da mata atlântica, durante a apresentação do novo Atlas dos Municípios da Mata Atlântica, realizada em Brasília.
O trabalho foi conduzido pela organização não-governamental SOS Mata Atlântica e pelo Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais). O atlas, que revela a situação desse que é o bioma mais ameaçado pela devastação no país em 2.815 cidades de 10 Estados brasileiros, introduziu um novo índice de preservação, com o qual os pesquisadores puderam fazer um ranking.
No topo dos cem municípios está Ilhabela, que teve 92% da mata original preservada -32.073 hectares (o hectare equivale a 10 mil metros quadrados). Ela é seguida por Barro Preto (BA), Riozinho (RS), Ubatuba (SP) e Iporanga (SP), compondo as cinco primeiras posições.
Entre as capitais, Florianópolis é a líder, com uma taxa de preservação de aproximadamente 42%, o equivalente a 18.032 hectares.
A apresentação do trabalho, que representa a evolução de estudos feitos com base em dados que vêm desde 1985, foi feita em homenagem ao Dia da Mata Atlântica, celebrado hoje.
A área mínima do mapeamento, feito com auxílio de imagens do satélite Landsat, é 10 hectares.
"Municípios que apresentam uma área de mata atlântica menor que esse número em seus territórios não estão presentes no atlas porque, em termos de conservação de biodiversidade, esse índice é pouco representativo", disse, por meio de nota, Mário Mantovani, diretor de relações institucionais da SOS Mata Atlântica.


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