São Paulo, sábado, 28 de fevereiro de 2004

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Tamar investiga eficiência de proteção a réptil

DO ENVIADO ESPECIAL A SAN JOSÉ

Embora não tenha feito apresentação alguma nas sessões principais do 24º Simpósio da Sociedade Internacional de Tartarugas Marinhas, o Projeto Tamar também realiza um grande projeto para investigar o impacto de medidas mitigadoras na pesca de espinhel (linhas com milhares de anzóis).
O programa, batizado de Plano Nacional de Redução de Captura Acidental, tem base num convênio entre o Tamar, a Univali (Universidade do Vale do Itajaí) e armadores envolvidos na pesca de espinhel, cujos barcos partem de Santos (SP) e de Itajaí (SC).
Na fase piloto do projeto, iniciada em 2000, participaram três armadores e um barco de pesquisa do Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis). O trabalho conta também com a colaboração de pesquisadores do ramo havaiano da Noaa (Administração Nacional de Oceanos e Atmosfera dos EUA). O primeiro cruzeiro foi realizado há um mês.
Além dos anzóis circulares, que fisgam tartarugas cabeçudas e de couro de forma mais superficial, estão em teste iscas de lula tingidas de azul e repelentes de tartaruga (compostos que provocam aversão).
Segundo Neca Marcovaldi, 45, do Tamar, o tingimento não tem efeito sobre as tartarugas, mas possui eficácia comprovada com o albatroz, ave que também se interessa pelas iscas. Como já está sendo aceito pelos pescadores, incluir o repelente equivaleria a matar dois coelhos com uma só cajadada -ou melhor, a salvar duas espécies com uma só linhada. (ML)


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