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Escrever melhora resultado das mulheres em exatas
Para pesquisadores dos EUA, redação aumenta a autoconfiança feminina
Em estudo, alunas que escreveram sobre as próprias capacidades conseguiram melhor desempenho em física
SABINE RIGHETTI
DE SÃO PAULO
Participar de uma atividade de redação antes da aula
propriamente dita pode melhorar o desempenho das
mulheres na matemática e
na física. Essa é a conclusão
de pesquisadores americanos, publicada na "Science".
Para eles- três homens e
três mulheres-, o ato de escrever funciona como uma
espécie de exercício de autoafirmação dos estudantes.
Isso livraria as mulheres
de estereótipos sexistas (em
que elas são inferiores nas
ciências exatas) e lhes daria
segurança para competir
com os homens na carreira.
Foram estudados 399 estudantes universitários dos
EUA, de ambos os sexos.
Parte desses alunos, selecionados aleatoriamente, teve de escrever sobre seus valores pessoais mais importantes, como a convivência
com amigos e familiares. Isso
foi feito numa espécie de disciplina introdutória à física.
O outro grupo, de controle,
não participou da atividade
de escrita e foi direto ao início
do curso de física.
As mulheres que escreveram se saíram melhor do que
as do outro grupo, posteriormente, nas provas de física.
Entre os homens, não houve diferenças significativas.
Para Akira Myiake, um dos
autores do trabalho, a consciência dessa diferença entre
os sexos pode afetar negativamente o desempenho das
mulheres em seus exames.
Na opinião de Myiake, esse tipo de redação não funciona porque escrever seja
uma coisa feminina, "mas
porque ajuda mulheres a reafirmar sua autoestima diante
de uma adversidade".
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