São Paulo, sábado, 29 de janeiro de 2011 |
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Finep teme que corte de gastos atrapalhe crédito para inovação "A situação não é agradável, temos de remar contra a maré", diz novo presidente DO RIO O aperto fiscal anunciado pelo governo pode emperrar o aumento do crédito para o investimento em inovação, admitiu ontem o novo presidente da Finep, o sociólogo Glauco Arbix. A instituição planejava ter atuação mais ativa na liberação de recursos para pesquisa e desenvolvimento, se tornando uma espécie de BNDES do setor de inovação. Arbix pretende obter mais R$ 4 bilhões, até 2014, que seriam voltados para o investimento em empresas via concessão de crédito. Com isso, seu orçamento dobraria no período. "Temos de conversar com o governo em meio a essa agenda de contenção fiscal. A situação não é agradável, temos de remar contra a maré. Em períodos de crise, o investimento em inovação dá base para que a recuperação seja rápida", declarou o novo presidente da instituição. NOVO ESTATUTO O fortalecimento da Finep voltou a ser defendido pelo ministro Aloizio Mercadante (Ciência e Tecnologia), durante a cerimônia de posse de Arbix. O evento ocorreu ontem, no Rio de Janeiro. O objetivo é que o investimento em pesquisa e desenvolvimento feito pelo setor privado signifique, em 2014, 0,9% do PIB (Produto Interno Bruto). Atualmente ele representa 0,6% do valor gerado pela economia do país. "Por isso a Finep vai precisar ser uma instituição financeira específica, de fomento. Pesquisa e inovação têm risco", afirmou Mercadante. Arbix observou que a nova formatação da instituição ainda não está definida. Se a Finep for transformada numa espécie de BNDES, precisará de autorização do Banco Central, e passará a ter um novo estatuto. "O incremento de recursos pode ser feito via Tesouro ou mesmo via mercado. Poderemos captar se nos transformarmos em instituição financeira", disse. O novo presidente afirmou que o objetivo da Finep agora é aprofundar seu foco nas empresas, principalmente na concessão de crédito. "Os recursos não são suficientes. Precisamos duplicar a capacidade de crédito, para triplicar a capacidade de atender as empresas", disse. Texto Anterior: Saiba mais: CNPq é principal financiador de ciência do país Índice | Comunicar Erros |
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