São Paulo, domingo, 29 de março de 2009

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Fósseis achados nos EUA indicam que "Triceratops" podiam viver em grupos

Steve Brusatte
Reconstituição do crânio de Triceratops achado nos EUA

DA REPORTAGEM LOCAL

Não chega a ser um rebanho, mas pela primeira vez paleontólogos encontraram três fósseis do dinossauro Triceratops juntos, indicando que esses grandes herbívoros quadrúpedes podiam viver em grupos, e não como indivíduos solitários. Outro aspecto inédito da descoberta é o fato de que os três indivíduos eram todos jovens.
Com seus três chifres -daí o nome, em latim-, o Triceratops é um dos dinos mais facilmente reconhecíveis, lembrando um rinoceronte que tomou anabolizantes.
Já foram achados mais de 50 fósseis desse animal típico do final do Período Cretáceo na América do Norte, entre 68 milhões a 65 milhões de anos atrás, mas até agora sempre de indivíduos isolados. Os novos fósseis estão descritos no "Journal of Vertebrate Palentology".
Eles foram encontrados em 2005 na formação Hell Creek, no estado de Montana (EUA), por Helmuth Redschlag, um voluntário que ajudava nas escavações do Museum Burpee de História Natural. Redschlag é fã da série "Os Simpsons", por isso pediu para os pesquisadores batizarem o local da descoberta de "sítio Homer".
"A ideia de que esses Triceratops viviam juntos e morreram juntos é uma interpretação do sítio", disse à Folha, Steve Brusatte, pesquisador do Museu Americano de História Natural.
As rochas indicam que o sítio Homer foi formado como resultado de uma inundação localizada. Mas as águas poderiam ter simplesmente arrastado ao acaso três jovens dinos.
Segundo Brusatte, há dois bons argumentos para demonstrar que os três estavam juntos: as rochas e a probabilidade.
"As rochas nos contam que a inundação não foi um grande evento que teria coletado carcaças em larga extensão do ambiente. Está claro que os três Triceratops foram enterrados aos mesmo tempo, porque estão presos em uma "represa" formada por uma tora gigante que parou os ossos." (RBN)


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