São Paulo, quarta-feira, 29 de junho de 2011

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Defensor original da ideia hoje virou romancista

DE WASHINGTON

A reputação das ideias e a dos cientistas que as criam podem andar separadas.
Robin Baker, o biólogo britânico que começou a defender a hipótese da magnetopercepção humana na década de 1980, não convenceu a comunidade científica. Seu trabalho, porém, pode agora ser resgatado pela biologia molecular.
Os experimentos originais de Baker nada tinham a ver com genes e proteínas. O que ele fez foi grudar ímãs na cabeça de voluntários para verificar se isso tornaria mais difícil uma tarefa de orientação espacial. Segundo seu relato, deu certo.
Depois, decidiu estudar biologia reprodutiva e cunhou outra teoria polêmica: a dos espermatozoides kamikazes. Segundo ele, a competição entre espermatozoides de mais de um macho dentro de uma fêmea leva à evolução de gametas que "matam" competidores.
Mais uma vez, a hipótese não obteve comprovação.
Baker hoje se aposentou como pesquisador, escreve romances e mora com mulher e família na Espanha.
O britânico tinha tudo para ser considerado um derrotado, mas autores do novo trabalho sobre magnetopercepção citaram respeitosamente suas pesquisas.
"O trabalho de Baker era muito interessante, mas não teve muita continuidade", diz Steven Reppert, autor do novo trabalho. (RG)


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