São Paulo, segunda-feira, 29 de novembro de 2010

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EUA não acreditam em acordo definitivo

ANDREA MURTA
DE WASHINGTON

O enviado especial dos EUA para a mudança climática, Todd Stern, deixou claro que seu país não espera acordo nem decisões finais na COP-16 (Conferência da ONU para o Clima), que começa hoje em Cancún.
As afirmações mataram as poucas esperanças que ainda existiam de avanços concretos após o fiasco da conferência anterior, que aconteceu há um ano, em Copenhague, na Dinamarca.
A reunião terminou sem acordo vinculante em boa parte devido às discordâncias entre os grandes poluidores EUA e China.
Em reunião em Washington da qual a Folha participou, Stern disse que o máximo previsto para a COP-16 é a obtenção de maior detalhamento dos pontos chave discutidos em Copenhague.
Entre esses estão a intenção de criar um "fundo verde" de financiamento para ajudar emergentes a "descarbonizar" suas economias, mitigação (redução de emissões de poluentes), discussões tecnológicas e mais transparência de ações.

SEM TRATADO
Mesmo baixando expectativas, os EUA fizeram alguma pressão sobre países em desenvolvimento. Stern disse "não ver no momento" inclinação por parte de China, Índia e outros para um acordo legalmente vinculante.
Ainda não há no horizonte uma previsão de acordo multilateral que amplie e substitua após o ano de 2012 o Protocolo de Kyoto- documento ainda vigente, assinado em 1997 por 84 países.
O pessimismo prevalece até mesmo quando se fala da COP-17, que acontece no ano que vem, na África do Sul.
E, sem os EUA, que emitem quase 20% do carbono do mundo, não há chance de acordo. "Não estou otimista nem pessimista", disse Stern sobre Cancún.


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