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EUA não acreditam em acordo definitivo
ANDREA MURTA
DE WASHINGTON
O enviado especial dos
EUA para a mudança climática, Todd Stern, deixou claro
que seu país não espera acordo nem decisões finais na
COP-16 (Conferência da ONU
para o Clima), que começa
hoje em Cancún.
As afirmações mataram as
poucas esperanças que ainda existiam de avanços concretos após o fiasco da conferência anterior, que aconteceu há um ano, em Copenhague, na Dinamarca.
A reunião terminou sem
acordo vinculante em boa
parte devido às discordâncias entre os grandes poluidores EUA e China.
Em reunião em Washington da qual a Folha participou, Stern disse que o máximo previsto para a COP-16 é a
obtenção de maior detalhamento dos pontos chave discutidos em Copenhague.
Entre esses estão a intenção de criar um "fundo verde" de financiamento para
ajudar emergentes a "descarbonizar" suas economias,
mitigação (redução de emissões de poluentes), discussões tecnológicas e mais
transparência de ações.
SEM TRATADO
Mesmo baixando expectativas, os EUA fizeram alguma
pressão sobre países em desenvolvimento. Stern disse
"não ver no momento" inclinação por parte de China, Índia e outros para um acordo
legalmente vinculante.
Ainda não há no horizonte
uma previsão de acordo multilateral que amplie e substitua após o ano de 2012 o Protocolo de Kyoto- documento ainda vigente, assinado
em 1997 por 84 países.
O pessimismo prevalece
até mesmo quando se fala da
COP-17, que acontece no ano
que vem, na África do Sul.
E, sem os EUA, que emitem quase 20% do carbono
do mundo, não há chance de
acordo. "Não estou otimista
nem pessimista", disse Stern
sobre Cancún.
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