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Obama mobiliza Defesa para conter derrame de petróleo
Óleo que vazou de acidente com plataforma no golfo do México deve atingir a costa hoje
Mancha de poluição ameaça
fauna e indústria da pesca
na costa sul dos EUA; 5.000
barris vazam no mar por dia, 5 vezes mais que o previsto
EFE/Greepeace
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Foto mostra a área do golfo do México ao sul da costa do Estado da Louisiana (EUA), onde a mancha de petróleo no oceano continua a se expandir depois do acidente
DO "NEW YORK TIMES"
O presidente dos Estados
Unidos, Barack Obama, mobilizou ontem o Departamento de
Defesa para ajudar a gigante
petrolífera BP nas operações de
limpeza da imensa mancha de
óleo no golfo do México.
O governador da Louisiana,
Bobby Jindal, declarou estado
de emergência. A mancha deve
atingir a costa hoje, ameaçando
a fauna e a pesca no sul dos
EUA. A previsão era de que ela
atingisse ainda ontem uma unidade de conservação no Estado.
O óleo começou a vazar na
semana passada, após uma explosão na plataforma Deepwater Horizon, da BP, a 80 km da
costa. O acidente matou 11 pessoas. Anteontem, descobriu-se
que o derrame era cinco vezes
maior do que o inicialmente estimado -5.000 barris estão indo para o mar diariamente.
Janet Napolitano, secretária
de Segurança Interna, disse
que a mancha de óleo é "um vazamento de impacto nacional".
A designação significa que recursos federais poderão ser
usados para combatê-lo. "Vamos continuar a pressionar a
BP para que lance a resposta
mais forte possível", disse.
Mas os trabalhos de limpeza
sofreram um revés ontem,
quando as condições do mar e
dos ventos impediram as autoridades de executar a queima
controlada de parte do óleo.
Doug Suttles, chefe de exploração da BP, disse que é difícil
avaliar o grau de vazamento
com precisão, pelo fato de estar
ocorrendo em profundidade.
O risco de a mancha de óleo
chegar a terra está levando ao
estudo de medidas urgentes para proteger a fauna costeira, incluindo o uso de canhões para
assustar e afastar aves e a utilização dos barcos de pescadores
locais de camarões para a retirada do óleo de áreas rasas.
Até a noite de quarta-feira,
cerca de 30 km de barreiras de
contenção haviam sido instalados, e há outros 150 km prontos
para serem usados.
Na noite de quarta-feira,
equipes de limpeza começaram
a realizar queimas locais, um
processo que envolve encurralar uma parte concentrada da
mancha de óleo, arrastá-la para
outro local e queimá-la. O procedimento já foi testado e se
mostrou eficaz em outros vazamentos, mas o mau tempo e
questões ecológicas podem
complicar sua realização.
A queima só funciona quando a mancha é espessa; pode
não ser eficaz com este vazamento, que, segundo estimativas, seria formado em 97% por
um misto de óleo e água.
Tradução de Clara Allain
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