São Paulo, sexta-feira, 30 de julho de 2004
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REPERCUSSÃO JAMES WATSON, biólogo americano, co-autor do artigo de 1953 e vencedor do Nobel de Fisiologia e Medicina de 1962, com Crick: "Sempre vou me lembrar de Francis por sua inteligência centrada e pelos muitos jeitos pelos quais ele foi gentil comigo e desenvolveu minha autoconfiança. Por dois anos fui quase como um familiar dele. Compartilhar com ele um escritório foi um privilégio extraordinário. Até sua morte, Francis era a melhor pessoa que eu tinha para falar sobre idéias. Ele vai deixar muitas saudades". ERIC LANDER, geneticista do Projeto Genoma Humano e diretor do Instituto Broad do MIT (Instituto de Tecnologia de Massachusetts) e da Universidade Harvard: "Francis Crick foi um dos meus grandes heróis pessoais. Ele tinha um instinto sem igual para olhar claramente os desígnios da natureza. Vejo o que ele fez como a maior sacada intelectual da história da biologia, tudo com pura visão e muito poucos dados. Sem dúvida sua morte foi uma perda tremenda para todos. Ele pertencia à geração de biólogos moleculares que mudaram o mundo e, em termos de intelecto, era o mais extraordinário deles". EMMANUEL DIAS NETO, geneticista do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da USP e pesquisador de genômica: "Para mim, ele representa o senso de poder realizar o impossível. Uma pessoa fantástica e extremamente importante para a ciência. Teve uma carreira essencialmente interessante, foi brilhante e olhou como ninguém a estrutura para entender a função. Permaneceu ativo durante toda sua vida, viveu muito e intensamente. Chegou a mudar de área -começou como físico, virou químico, depois biólogo, depois neurocientista-, mas nunca perdeu a coerência, que marcou toda sua vida". RICHARD MURPHY, presidente do Instituto Salk, na Califórnia (EUA) instituição que Crick já havia presidido e à qual esteve associado no fim de sua vida: "Ele era como um cavalheiro, um modelo para todos, e como uma pessoa que contribuiu muito para nosso entendimento da biologia e da saúde da humanidade. Para nós, que tivemos a oportunidade de conhecê-lo, ele será também lembrado como um grande amigo. Estamos honrados de tê-lo tido conosco por tanto tempo e sentiremos sua falta". Texto Anterior: Opinião: Entre os heróis da ciência Índice |
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