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Agência promete rever a decisão de abandonar o telescópio Hubble
DA REPORTAGEM LOCAL
A mais polêmica das decisões ligadas ao retorno aos vôos dos
ônibus espaciais foi a de não mais
conduzir missões de reforma do
Telescópio Espacial Hubble. Mas
ninguém ainda desistiu de brigar
pelo observatório, obrigando a
Nasa a rever sua posição.
Os protestos sobre a medida
ecoaram não só pela comunidade
científica, mas no público em geral, que teve a oportunidade de
participar de uma campanha na
internet organizada por pesquisadores para salvar o satélite (www.savethehubble.com).
O administrador da Nasa, Sean
O'Keefe, anunciou anteontem
que faria uma revisão da questão,
deixando o destino do telescópio
em aberto. O processo de análise
das alternativas será conduzido
por Harold Gehman Jr., o homem
que chefiou as investigações do
acidente com o Columbia.
Nada mais apropriado. Afinal,
uma das razões pelas quais a Nasa
desistiu de enviar ônibus espaciais ao Hubble é o fato de que ele
se posiciona numa órbita que não
permite uma viagem à ISS, caso a
nave precise de reparos. Ofereceria, portanto, risco à tripulação.
O telescópio orbital foi projetado para ser constantemente reformado por tripulações em órbita.
Os giroscópios que permitem que
ele seja apontado para seus objetos de estudo, por exemplo, se
quebram com freqüência e exigem reposição. Há espaço para
quatro. Hoje três estão funcionais,
e o observatório precisa de no mínimo dois para continuar trabalhando. Caso o ônibus espacial
não volte a visitá-lo, as estimativas
são de que ele dure só até 2007.
A data exata, entretanto, é imprevisível. A instituição que gerencia o telescópio já está em modo de emergência, priorizando
observações por sua relevância e
descontentando muitos astrônomos que já tinham tempo agendado para usar o satélite.
(SN)
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