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BP sabia que plataforma tinha problemas, dizem relatórios
DO "NEW YORK TIMES"
Documentos internos da
BP mostram que existiam
problemas sérios na plataforma Deepwater Horizon, que
explodiu, e que preocupações com segurança eram
um tema constante.
Além disso, a agência federal responsável por fiscalizar a empresa permitiu que
ela utilizasse materiais que
não tinham sido testados como deveriam.
Em junho de 2009, por
exemplo, os engenheiros da
empresa se diziam preocupados com o material metálico
utilizado para revestir a estrutura no fundo do mar. Ele
precisa ser resistente pois a
pressão do local é muito alta.
Um deles, Mark Hafle, dizia, em relatório interno, que
o material poderia não
aguentar e se partir. "Certamente esse seria um cenário
pessimista", escreveu. "De
qualquer forma, eu já vi isso
acontecer antes."
A BP, porém, foi em frente
com o material, apesar de ele
violar as políticas de segurança e engenharia que a empresa segue. Os relatórios
não explicam, porém, o motivo da exceção.
Além disso, em pelo menos três ocasiões, os registros
mostram que o "blowout preventer", a válvula do poço
que deveria ter impedido o
vazamento após a explosão,
não funcionava bem.
Após informar isso ao Serviço de Administração Mineral dos EUA, que serve de
agência reguladora da exploração de petróleo no país, a
empresa pediu para adiar os
testes obrigatórios com a válvula, que o governo americano exige que se faça a cada
dois meses. Eles achavam
que ela não ser aprovada.
Primeiro, o pedido foi rejeitado. Mas a BP insistiu e
então se permitiu que o "blowout preventer" fosse testado a uma pressão 35% menor
do que a utilizada normalmente. Ela, então, passou
nos testes.
OUTRO LADO
A fabricante da válvula, a
empresa Cameron, não quis
comentar se testar o seu produto a uma pressão mais baixa do que a normalmente
usada era apropriado. Já a BP
afirmou que seria "prematuro" comentar os relatórios.
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