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BIOLOGIA EXPERIMENTAL
Grupo altera DNA de roedor para induzir esquizofrenia
DA REUTERS
Um grupo de cientistas da
Universidade Johns Hopkins, de Baltimore (EUA),
anunciou ontem ter criado
camundongos geneticamente modificados que apresentam sintomas de esquizofrenia. O animal, descrito na
edição de hoje da revista
"PNAS" (www.pnas.org),
deverá ser uma ferramenta
de laboratório importante
para estudar a doença e testar drogas contra ela.
Reproduzir a esquizofrenia em cobaias é difícil porque traços da doença são relacionadas ao estado de
consciência dos portadores.
Como a consciência é subjetiva, e os animais não podem comunicar sintomas, a
saída encontrada para estudar esquizofrenia em roedores era usar drogas psicotrópicas. As substâncias criam
os delírios, alterações de humor e crises de paranóia que
caracterizam o mal. A doença é observável por meio de
mudanças de comportamento dos camundongos.
O animal de DNA alterado
possui um defeito no gene
DISC1, que, em humanos,
eleva bastante o risco de desenvolver a doença. Quando
os camundongos se tornavam adultos, se mostravam
agitados em espaços abertos,
com dificuldades para encontrar comida. Esses problemas, atribuídos à hiperatividade e ao olfato prejudicado, são traços também de
humanos com a doença.
Imagens de ressonância
magnética apresentadas no
estudo também mostram semelhanças estruturais entre
o cérebro dos animais geneticamente alterados e portadores de esquizofrenia examinados anteriormente.
Os roedores alterados, porém, apresentaram sintomas
mais leves do que os humanos esquizofrênicos em geral
mostram.
"Nosso objetivo é tentar
identificar uma estratégia
que possa curar a patofisiologia [mecanismos biológicos] da esquizofrenia", afirmou Akira Sawa, médico que liderou a pesquisa.
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