São Paulo, terça-feira, 31 de julho de 2007

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BIOLOGIA EXPERIMENTAL

Grupo altera DNA de roedor para induzir esquizofrenia

DA REUTERS

Um grupo de cientistas da Universidade Johns Hopkins, de Baltimore (EUA), anunciou ontem ter criado camundongos geneticamente modificados que apresentam sintomas de esquizofrenia. O animal, descrito na edição de hoje da revista "PNAS" (www.pnas.org), deverá ser uma ferramenta de laboratório importante para estudar a doença e testar drogas contra ela.
Reproduzir a esquizofrenia em cobaias é difícil porque traços da doença são relacionadas ao estado de consciência dos portadores.
Como a consciência é subjetiva, e os animais não podem comunicar sintomas, a saída encontrada para estudar esquizofrenia em roedores era usar drogas psicotrópicas. As substâncias criam os delírios, alterações de humor e crises de paranóia que caracterizam o mal. A doença é observável por meio de mudanças de comportamento dos camundongos.
O animal de DNA alterado possui um defeito no gene DISC1, que, em humanos, eleva bastante o risco de desenvolver a doença. Quando os camundongos se tornavam adultos, se mostravam agitados em espaços abertos, com dificuldades para encontrar comida. Esses problemas, atribuídos à hiperatividade e ao olfato prejudicado, são traços também de humanos com a doença.
Imagens de ressonância magnética apresentadas no estudo também mostram semelhanças estruturais entre o cérebro dos animais geneticamente alterados e portadores de esquizofrenia examinados anteriormente.
Os roedores alterados, porém, apresentaram sintomas mais leves do que os humanos esquizofrênicos em geral mostram.
"Nosso objetivo é tentar identificar uma estratégia que possa curar a patofisiologia [mecanismos biológicos] da esquizofrenia", afirmou Akira Sawa, médico que liderou a pesquisa.


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