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Cúpula não dará prazos para economia verde

Encontro apenas terá decisão política de estabelecer metas, diz diplomata brasileiro

DE NOVA YORK

A Rio+20, conferência ambiental da ONU que ocorre neste mês na capital fluminense, não deverá definir prazos e metas de desenvolvimento sustentável para os países. Esse processo só começará no ano que vem.

"Teremos a decisão política de que o mundo passará a contar com metas de desenvolvimento sustentável, como houve em 2000 a decisão de que o mundo passaria a ter metas de desenvolvimento do milênio", diz o embaixador Luiz Alberto Figueiredo Machado, secretário-executivo da Comissão Nacional da Rio+20.

Segundo ele, a definição de metas e prazos dependeria do parecer de técnicos e cientistas, e não há tempo hábil para que isso seja discutido antes da cúpula. "A ideia hoje é que a determinação das metas ocorra de 2013 a 2015 e que, em 2015, essas metas sejam postas em prática."

O negociador brasileiro também afirmou que os emergentes não fogem da responsabilidade de ajudar outros países em desenvolvimento a financiar iniciativas sustentáveis -por exemplo, infraestrutura e pesquisa sobre energia renovável.

Machado diz, porém, que os emergentes buscam engajamento mais forte dos países desenvolvidos para atingir esse tipo de meta.

Embora a União Europeia declare estar pronta para adotar metas concretas de desenvolvimento sustentável, o bloco não está disposto a dar dinheiro para implementar essas ações. Para os europeus, os recursos devem vir da iniciativa privada.

(VERENA FORNETTI)

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