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Agência reguladora dos EUA rastreou e-mails de funcionários

FDA interceptou conversas para conter críticas feitas ao órgão

DO “NEW YORK TIMES”

Uma operação da FDA (agência reguladora de medicamentos e alimentos dos EUA) espionou milhares de e-mails enviados por um grupo de cientistas do órgão a membros do Congresso, advogados, jornalistas e até ao presidente Barack Obama.

É o que mostram documentos revelados agora. O que começou como uma pequena investigação de um possível vazamento de informações confidenciais da agência, por parte de cinco cientistas, tornou-se uma campanha para conter críticas a respeito de processos de revisão médica feitos pela agência.

A operação surgiu de uma disputa que dura anos entre os cientistas e seus superiores na FDA. Os primeiros alegam que procedimentos de revisão com falhas levaram à aprovação de dispositivos para aparelhos de imagens, como mamógrafos, que expunham os pacientes a níveis perigosos de radiação. Os cientistas teriam feito um alerta sobre essas falhas para diversas fontes, incluindo o presidente dos EUA.

Funcionários da FDA, porém, defenderam a operação, dizendo que o monitoramento era limitado a cinco cientistas suspeitos de vazar informações confidenciais sobre a segurança e o design de dispositivos médicos.

Apesar de reconhecerem que a FDA rastreou conversas entre os cientistas e membros do Congresso e jornalistas, os funcionários disseram que não houve a intenção de impedir a comunicação, mas determinar se as informações estavam sendo compartilhadas de modo indevido.

Especialistas acreditam, porém, que a FDA pode ter passado dos limites ao interceptar, reunir e analisar informações confidenciais protegidas pela lei. Os cientistas monitorados estão processando a agência.

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