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Origem da língua já foi ligada a domínio do cavalo

DO EDITOR DE “CIÊNCIA+SAÚDE”

Uma hipótese que esteve em voga por décadas dizia que os primeiros indo-europeus estariam associados à domesticação do cavalo e ao aparecimento de túmulos conhecidos como "kurgans" há 6.000 anos, na atual Ucrânia.

O cavalo, espécie de tanque de guerra pré-histórico, teria permitido ao povo dos "kurgans" dominar vastas áreas, legando a língua a seus descendentes e às tribos conquistadas.

Nos últimos tempos, vinha ganhando força a hipótese da origem mais antiga, na Turquia.

As línguas indo-europeias mais primitivas, como o hitita, eram faladas por lá. Também se sabe que povos que dominam a agricultura têm vantagem sobre os demais porque "produzem" mais gente.

Estudos em esqueletos pré-históricos mostram que o DNA dos primeiros europeus agricultores (nos Bálcãs) têm grande contribuição do Oriente Médio.

Mas ninguém consegue provar que língua um esqueleto de 9.000 anos falava -não havia escrita.

Jared Diamond, autor do livro "Armas, Germes e Aço", no qual defende que o avanço da agricultura ajudou a forjar as línguas dominantes, diz que a hipótese dos "kurgans" ainda é a mais aceita pelos linguistas. "Mas, se eu fosse reescrever meus livros hoje, daria mais espaço para a hipótese dos agricultores no caso do indo-europeu."

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