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Órgão tem dificuldade de repor cientistas

DA ENVIADA AO RIO

No comando do Observatório Nacional desde 2003, o geofísico Sérgio Fontes está prestes a se despedir do cargo de diretor. Apesar da retomada dos investimentos em pesquisa, o ON enfrenta agora um preocupante deficit de pesquisadores. Confira as ideias do pesquisador a respeito do futuro do órgão.

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O Observatório Nacional é um instituto de um país em desenvolvimento com orçamento relativamente modesto. Como competir por relevância?

É preciso diversificar para sobreviver. O dinheiro com certeza é uma limitação, mas isso não é definidor. Nós procuramos encontrar as melhores soluções dentro do que o orçamento nos permite. Por isso as colaborações internacionais são tão importantes.

Se nós não temos, por exemplo, um telescópio para fazer uma determinada observação, temos condições de alugar o tempo de algum outro centro. Já fizemos isso com o ESO [Observatório Europeu do Sul].

Hoje, quais são os maiores obstáculos para a pesquisa no Brasil?

As coisas melhoraram muito, mas ainda faltam investimentos. Esse momento de reavaliação dos royalties do petróleo poderia servir para criar um modelo em que é garantido que parte das riquezas geradas sejam convertidas para essas áreas.

O Observatório Nacional tem um deficit de pesquisadores, com vagas ociosas já há alguns anos. Por que isso acontece?

Hoje o corpo de pesquisa é mais velho, tem idade média por volta dos 50 ou 55 anos. Tivemos muitos cientistas que se aposentaram, e alguns que morreram, e mesmo passado muito tempo nós não conseguimos repor esses quadros. É preciso um longo trâmite para conseguir abrir novamente as vagas.

Temos um concurso agora, mas ele só será suficiente para repor os quadros. Precisamos expandir o número de cientistas se quisermos avançar nas pesquisas.

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