Missão teve imprevisto e austríaco achou que poderia desmaiar

Apesar de bem-sucedido, o salto histórico de Felix Baumgartner teve um susto. Durante a queda, o paraquedista começou a girar de maneira rápida e anormal.

A perda de controle durante a queda era um dos principais temores da equipe de cientistas que auxiliou o austríaco na preparação.

"A saída foi perfeita, mas então eu comecei a girar devagar. Eu pensei que eu iria apenas girar mais algumas vezes, e seria só isso. Mas então eu comecei a acelerar", relatou o paraquedista.

"Foi realmente brutal na hora. Eu achei por alguns segundos que eu iria perder a consciência. Eu não senti o 'boom' supersônico [acima da velocidade do som] porque eu estava muito ocupado tentando me estabilizar", completa o austríaco.

Baumgartner conseguiu se reestabilizar pouco depois. Especialista em saltos de grandes altitude, o austríaco fez manobras de simulação em sua fase de treinamento para preparar seu corpo, entre outras coisas, para esse tipo de de emergência.

Além dos giros não previstos, Baumgartner teve de lidar com um problema que diminui a visibilidade que ele teve da própria façanha.

Um defeito no aquecedor de seu capacete fez com que o visor se embaçasse. O problema foi detectado ainda na subida e seria o suficiente para impedir o salto, mas o austríaco optou por levar a missão em frente mesmo.

"Foi a opção certa", avaliou o paraquedista.

A estratosfera é um ambiente inóspito para a sobrevivência humana, com temperaturas muito baixas e ar rarefeito. Nele qualquer detalhe poderia ser fatal para o paraquedista.

Como não quase não existem protocolos médicos específicos para acidentes nessas condições, a equipe que assessorava Baumgartner criou especificamente para ele uma série de cuidados que seriam usados em caso de acidentes no salto.

Essa e outras informações devem ser disponibilizadas para a comunidade científica, bem como os dados gerais da missão.