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Crítica restaurante

Cozinha peruana ganha boa amostra no Itaim

Apesar de cardápio convincente, Osaka priva os clientes de alguns ícones, como o espetinho de coração bovino

JOSIMAR MELO CRÍTICO DA FOLHA

Filiais de restaurantes, ainda mais quando são de rede, dão medo de entrar. As chances de que sejam desnaturadas são grandes.

O Osaka, aberto há um mês, fugiu um pouco dessa sina: é animado e interessante, com uma amostra até convincente, mesmo que não sofisticada, da sua cozinha peruana e asiática.

É verdade que, para o mal, o Osaka nos priva de alguns ícones da cozinha peruana. Sua seção de anticuchos (espetinhos), por exemplo, não oferece a deliciosa versão original e popular feita com coração bovino.

Por outro lado, seu balcão de sushis procura oferecer larga oferta de peixes e formatos tradicionais japoneses, no lugar de se ater aos enrolados de tipo californiano que compõem os principais itens de muitos restaurantes de cozinha nikkei (nipoperuana).

Originário de Lima, a rede Osaka tem hoje casas no México, Argentina e Chile. No Brasil, é operada pelo sócio Claudio Carotta, 34, que começou no ramo com a Frutaria São Paulo, em 2006, e hoje tem a licença para explorar o Osaka no país, com três sócios investidores.

A cozinha da casa segue a fusão peruana que mescla influências andinas com japonesas e chinesas. O chef peruano Juan Carlos Arnaiz, 36, é o responsável pela cozinha quente e deve ficar no Brasil pelos próximos três anos. O balcão de sushi está a cargo do paulistano Rafael Hidaka, 36, ex-Kinoshita.

Quem tem curiosidade de conhecer, numa visão geral, a cozinha peruana --que já tem bons representantes em São Paulo-- o Osaka é também uma eclética opção.

Mostra um pouco de tudo. Ceviches bem-feitos --de um mais básico (de peixe branco com limão, cebola-roxa e tempura de batata-doce e milho crocante) a uma variação com peixe e frutos do mar num molho de limão e wasabi com fios de batata- doce fritos e milho.

Outras seções trazem os tiraditos (fatias de peixe cru temperado), causas (bolinhos de batata com coberturas, como a de polvo ou a de vieiras empanadas com cebola-roxa), os mencionados anticuchos, espetinhos condimentados (de peixe, frango, camarão, filé-mignon) e um gostoso polvo com redução de pimentas panca e mirim). Há ainda boa variedade de sushis, dos niguiri aos futomaki e temakis.

Os pratos principais seguem o mesmo pique peruano de fusão. Entre eles, atum com crosta de quinua crocante e molho de missô; peixe branco na grelha marinado em tempero de anticucho, leite de coco e defumado em folha de bananeira e pato confitado sobre cebolas carameladas com laranja e missô.

OSAKA
Endereço r. Amauri, 234, Itaim, tel. 0/xx/11/3073-0234
Funcionamento de seg. a sex., das 12h às 15h e das 19h à 0h30
Ambiente fervilhante, com clima de bar e terraço para a rua
Serviço parece bem treinado, com garçons explicando pratos nada óbvios para os brasileiros
Vinhos carta variada, com sommelier para fazer indicações
Cartões A, D, M e V
Estacionamento com manobrista, R$ 20 (almoço) e R$ 25 (jantar)
Preços entradas, de R$ 16 a R$ 49; sushis e sashimis, de R$ 14 a R$ 54; pratos principais, de R$ 42 a R$ 58; acompanhamentos, de R$ 10 a R$ 26; sobremesas, de R$ 16 a R$ 18


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