Chefs levam culinária do Brasil a festival na Espanha

Problemas técnicos marcaram, na manhã de segunda-feira, 21, a estreia brasileira no Gastronomika, evento que terminou ontem em San Sebastián, na Espanha, e um dos mais importantes do calendário internacional.

Nada que tirasse o brilho da apresentação do francês Claude Troisgros, do restaurante carioca Olympe, que abriu alas para um time de cozinheiros do Brasil, um dos três países homenageados.

Com o tema "Gastronomias Evolutivas, Emergentes, Diversas", a 13ª edição do evento privilegiou também as cozinhas do México e do Peru.

Não foi só a mandioca que recheou a mala de chefs como Helena Rizzo (Maní, SP), Roberta Sudbrack (Roberta Sudbrack, RJ), Alex Atala (D.O.M., SP) e Rodrigo Oliveira (Mocotó, SP): banana, araruta, bacuri, milho e licuri foram destaques tanto nas receitas quanto nos bem cuidados filmes que ilustraram as palestras dos brasileiros.

Mais do que técnicas de vanguarda, foram os ingredientes (e produtores) as estrelas destacadas no primeiro dia pelos cozinheiros, "emergentes" e consagrados.

Tradição, vanguarda e responsabilidade social se uniram nos discursos dos chefs. "Somos primitivos e modernos", disse Atala. Outros espanhóis reconhecidos, como os irmãos Roca e Carme Ruscalleda, da Catalunha, e Quique Dacosta, de Valência, marcaram presença.

ATOLE

Os mexicanos, na manhã de terça, apresentaram a colorida cozinha tradicional de seu país. Uma das apresentações mais emocionantes ficou a cargo da zapoteca Abigail Mendoza, que fez ao vivo parte do complexo processo do atole, uma bebida sagrada, feita de cacau branco.

Além de palestras e concursos -como o de melhor parrilla, gin tônica e sommelier-, o Gastronomika contou com um espaço destinado a mais de uma centena de produtores bascos.

Os jornalistas JOSIMAR MELO e CRISTIANA COUTO viajaram a convite da organização do Gastronomika, do Escritório de Turismo da Embaixada da Espanha e da TAP

FOGO ALTO

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