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Chef reconstrói apresentação do MAD para Folha

EDITORA-ASSISTENTE DE "COMIDA" E "TURISMO"

René Redzepi, um dos mais importantes chefs do mundo, fez ecoar a frase "Por trás de cada prato há uma morte" durante a apresentação de Alex Atala, no último MAD.

Ela foi proferida três vezes no escuro, sempre após um dos vídeos exibidos por Atala. Vídeos curtos e plásticos, que mostravam o abate de animais como um peixe, um porco, um bode. Em seguida, surgiam os pratos do D.O.M. aos quais os animais davam forma. Estética impecável.

Foi no salão de seu restaurante Dalva e Dito que Atala, recém-chegado da Dinamarca, buscou reconstruir à Folha a sequência da apresentação feita no simpósio.

Impossível recriar a escuridão que fez cena para quase a aula inteira. Tampouco a presença de Redzepi, que leu o capítulo "Morte", impresso no livro de Alex Atala "D.O.M. - Redescobrindo Ingredientes Brasileiros", da britânica Phaidon, com lançamento mundial previsto para o mês que vem, a começar por Londres --no Brasil, sairá pela Melhoramentos.

"Terminei a aula, as luzes foram acesas e eu estava com uma galinha no colo. A criadora, mesma fornecedora de galinha orgânica do René, do Noma, estava sentada à minha esquerda."

O chef fez um gesto com o polegar erguido, que sugeria um "mato ou não mato?" à plateia, com cerca de 300 pessoas, que gritou, em uníssono, "kill, kill, kill" (mata, mata, mata).

Ele então torceu o pescoço do animal, que depois do evento, limpou e transformou em um brasileiro frango à passarinho, servido no jantar de encerramento aos participantes.

O MAD é um "congresso-conceito" de cozinha. "Sem fogo, sem receita", disse Atala. "As pessoas esperam algum tipo de performance. Eu usei a teatralidade na busca da interação com o público." (LF)


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