Folha de S.Paulo

Cerveja

Novos rumos para a cerveja II

o assunto é o mesmo da última coluna: a regulamentação da fabricação de cerveja e das informações do rótulo. Podemos dizer que os cervejeiros artesanais foram bem representados nas audiências que definiram as diretrizes do texto da nova instrução normativa.

Legislações de outros cinco países foram estudadas pela Divisão de Vinhos e Bebidas do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento e serão aceitas denominações de estilos internacionais. Também será aberto o espectro de leveduras permitidas, assim como cervejas sem lúpulo, com inclusão de ervas aromáticas.

Mas devemos ficar atentos, pois uma portaria submetendo o texto à consulta pública será publicada no Diário Oficial da União nos próximos meses.

A adição de corante caramelo para padronizar a cor (sem constar no rótulo) e o aumento no uso de fontes de açúcar que não sejam provenientes do malte (os adjuntos) foram as propostas das grandes cervejarias que não foram aprovadas. Ganha o consumidor.

Se essa é uma bebida fermentada de cereais maltados, é um direito do consumidor saber quanto há de malte. Deveria estar claro no rótulo. Jogo limpo.

Segue a luta dos cervejeiros caseiros, cujo pleito não foi atendido. Os fiscais do Ministério continuarão impedindo a comercialização de suas cervejas em festivais e bares.

Fazer cerveja em casa ainda é um hobby. Quem quiser comercializar, terá de investir e encarar a burocracia, como já fizeram os "home-brewers" Marco Falcone e Glauco Caon, respeitados pelas cervejas Monasterium e a Maria Degolada.

Dica do Burgomestre

A Cervejaria Nacional vai comemorar a Oktoberfest de 30/9 a 5/10 com 500 litros de uma cerveja sazonal especialmente elaborada para a data. Batizada de Fritz Olga und Schulz tem 4,5% de álcool. Ao longo dos seis dias de festa, o local oferece chope duplo durante a noite inteira (R$ 12, 320 ml e R$ 17, 550 ml). A cervejaria fica na av. Pedroso de Morais, 604, Pinheiros (tel. 0/xx/11/4305-9368)