Saltar para o conteúdo principal Saltar para o menu
 
 

Lista de textos do jornal de hoje Navegue por editoria

Comida

  • Tamanho da Letra  
  • Comunicar Erros  
  • Imprimir  

Crítica restaurante

Italiano mescla receitas ambiciosas e clássicas

Fiore, novo endereço de sócio do Brado, se apoia em sofisticação de entradas e em pratos que fogem do trivial

JOSIMAR MELO CRÍTICO DA FOLHA

O chef e sócio do Brado, restaurante de Pinheiros aberto em 2011, está, desde o mês passado, atuando em jornada dupla. Ele acaba de inaugurar uma nova casa, com a qual divide suas atenções: o Fiore, na Vila Olímpia.

No novo endereço, Pedro Vita, 29, há dez dedicado à profissão, tem como sócio seu pai, João Brasil Vita, 61, que foi dono do extinto Quatrotto, onde o filho se iniciou enquanto cursava gastronomia. Ao longo da carreira, o chef passou por casas como o hotel Meliá, de Barcelona.

Se na casa de Pinheiros sente-se mais de perto a influência da cozinha espanhola, no Fiore a carta é toda italiana e, segundo os proprietários, busca retratar a cozinha da família, resgatando receitas de pais e avós.

Mas, aparentemente, uma recente e longa viagem para a Itália ajudou a compor um repertório mais ambicioso.

Ou então eram avós de uma família bem pouco convencional, acostumada a fazer em casa pratos como tortelli de pato com molho de mostarda de Cremona (suave, não excessivamente adocicado, para uma massa com recheio delicado), risoto de cogumelo porcini com creme de trufa branca ou filé com creme de gorgonzola e mascarpone acompanhado de capellini na manteiga, amêndoas e coentro --um prato no qual a composição do molho deixa o sabor do queijo bem menos agressivo.

Mas ao lado desses, o restaurante tem, sim, pratos que se poderia imaginar na mesa familiar. Caso da lasanha à bolonhesa (cuja receita, informa o cardápio, é a mesma registrada na Câmara de Comércio de Bolonha, na qual o ragu leva carnes bovina e suína e pouco tomate), do frango à caçadora (acompanhado de polenta cremosa) e de um macio ossobuco de vitelo com risoto de açafrão.

Num tom mais sofisticado estão duas boas entradas: a velutata de grão-de-bico com vieiras e o foie gras com Calvados e maçã-verde. Algo mais conceitual, o polvo com "texturas de batata" tem ótimo cozimento (a não ser o da batata, crua --só nas outras duas "texturas", em purê e chips, funciona).

Sobremesa leve e interessante é a salada de frutas com aroma de lavanda e sorvete de mascarpone.

Instalado em um pequeno e simpático ponto, onde antes funcionou a parrilla Puerto Madero (imóvel que pertenceu ao avô do chef), o restaurante tem um salão pequeno (com bar no meio e cozinha envidraçada) e ostenta até um terraço aberto no piso superior, para fumantes.

FIORE
ENDEREÇO r. Santa Justina, 97, V. Olímpia, tel. 0/xx/11/3889-9900
HORÁRIO de ter. a sex., das 12h às 15h e das 19h30 à 0h; sáb., das 12h à 0h; dom., das 12h às 18h
AMBIENTE PEQUENO salão com bar no meio e cozinha aparente; terraço, aberto até para fumantes
SERVIÇO jovial, tranquilo
VINHOS oferta enxuta, mas variada, em faixas moderadas de preço
CARTÕES A, D, M e V
PREÇOS entradas, de R$ 15 a R$ 48; pratos, de R$ 25 a R$ 69; sobremesas, de R$ 15 a R$ 22


Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página