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Crítica restaurante

Nova casa portuguesa tem bons produtos e preços mais contidos

Em clima informal, Tasca do Arouche traz belo 'know-how' de restaurateur há mais de 20 anos nessa cozinha

JOSIMAR MELO CRÍTICO DA FOLHA

É gratificante ver a abertura de bons restaurantes no centro de São Paulo, como acontece com o Tasca do Arouche. Durante uns 20 anos o que se viu foi o contrário: enquanto sobreviviam bons botecos e pés-sujos, que não deixaram de ter sua clientela, as cozinhas mais sofisticadas saíam lá.

No entanto, pelo menos desde que a prefeitura da cidade mudou-se para o Anhangabaú --ao que se seguiu a transferência de outros órgãos e secretarias--, voltou a demanda por restaurantes mais refinados.

O Tasca do Arouche é a sociedade entre Raphael Jafet, 85, proprietário do hotel San Michel, onde se instalou, e o restaurateur José Maria Pereira, 44, do Tasca do Zé e da Maria, em Pinheiros (zona oeste).

Cearense, Pereira começou a trabalhar em restaurantes aos 15 anos no Rio. Aos 20, veio trabalhar no Antiquarius de São Paulo, de onde saiu com o chef Ernestino Gomes para abrir sua própria casa com o "know-how" ali adquirido.

Sem a pompa nem os preços do Antiquarius, ambas as tascas realizam a junção da informalidade com bons ingredientes e preços mais contidos (lembrando que pratos de bacalhau e frutos do mar, quando preparados com ingredientes adequados, nunca são exatamente baratos).

O cardápio no Arouche não traz surpresas. Além do almoço executivo (de segunda a sexta) a R$ 49, com entrada e três opções de pratos, oferece o couvert de queijo fresco, bolinho de bacalhau, croquetes de carne e rissoles de camarão (e pão dormido, não precisava), e os clássicos portugueses à la carte.

O bacalhau reina. Como entrada, pode vir em panelinhas fumegantes como o cremoso bacalhau espiritual (desfiado, com purê de batatas). Ou em salada, em lascas com feijão-branco.

Como principais, há o bacalhau da Tasca (em posta, ao forno, com cebolas caramelizadas no azeite, brócolis, minibatatas ao murro, ovo cozido, tomate semiconfitado e alho frito). Ou o tradicional à lagareiro (posta empanada com as mesmas cebolas, minibatatas e brócolis, mais azeitonas verdes e alho frito).

Uma opção com o peixe desfiado é o bacalhau à Braz, com cebola, batata palha, ovos e azeitonas pretas. Também estão no cardápio o arroz de polvo, a lula grelhada, a chanfana de cordeiro (paleta assada com arroz no seu molho).

E o toque brasileiro na moqueca de frutos do mar e no picadinho com banana, ovo pochê, arroz, farofa e feijão. Precedem os doces conventuais, de ovos, como a sericaia.

TASCA DO AROUCHE
ENDEREÇO largo do Arouche, 212, República; tel. (11) 3224-1421
HORÁRIO de ter. a sex., das 12h às 15h e das 19h à 0h; sáb., das 12h à 0h30; dom., das 12h às 18h
AMBIENTE pouco atraente, em parte reaproveitado do antigo inquilino
SERVIÇO com boa formação
VINHOS relativamente modesta
CARTÕES A, D, M e V
PREÇOS entradas, de R$ 19 a R$ 24; pratos, de R$ 46 a R$ 115; sobremesas, de R$ 13,90 a R$ 22


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